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Carcass (Live Review): Uma noite regada a clássicos e brutalidade!

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No último dia 15 de maio (Quinta feira), o Carcass, quarteto inglês de Death/Grindcore, retornou ao Brasil para duas apresentações um ano após sua participação na edição 2024 do extinto festival Summer Breeze Brasil.



Após tocarem em Belo Horizonte (MG), dois dias antes, “os quatro rapazes de Liverpool” aportaram em São Paulo para uma apresentação inesquecível para um público numeroso (apesar do show no meio da semana), e que certamente deixou saudades naqueles que estiveram presentes no Carioca Club, famosa casa de shows situada em Pinheiros, na capital paulista.

Trazendo músicas de toda sua carreira, o quarteto fez uma retrospectiva musical, visitando e destilando músicas de obras como “Reek Of Putrefaction” (1988), “Symphonies Of Sickness” (1989), “Necroticism – Descanting The Insalubrious” (1991), “Heartwork” (1993), “Swansong” (1996), assim como “Surgical Steel” (2013) e o mais recente “Torn Arteries”, editado em setembro de 2021.

Jeff Walker (vocal e baixo), Bill Steer (guitarra), James “Nip” Blackford (guitarra) e Daniel Wilding (bateria), mostraram em aproximadamente 01h15 de show o por quê o Carcass é considerado um dos nomes importantes, relevantes e influentes do estilo Grind/Death.



Photo: Geovani Vieira/ Mundo Metal

Uma viagem pela discografia

Pontualmente às 20h30, o quarteto sobe ao palco sob os riffs cortantes e pesados de “Unfit For Human Consumption”, do excelente “Surgical Steel”. É necessário mencionar que este foi o disco que quebrou um longo silêncio de 17 anos e marcou o retorno da banda às atividades. De cara, acertaram em cheio na escolha da música de abertura que, decerto, foi estopim para a explosão de agressividade e violência sonora à seguir.

Uma volta ao passado com “Buried Dreams” do glorioso “Heartwork”, seguida de “Kelly’s Meat Emporium” do mais recente e supracitado “Torn Arteries”. Estas faixas formam a trinca inegavelmente perfeita para uma apresentação que prometia grandes clássicos, e eles vieram.

Uma visita ao lado brutal/gore da banda com “Incarnated Solvent Abuse”, do ótimo “Necroticism – Descanting The Insalubrious”, foi mais do que acertado. E pela reação/recepção do público presente, o grupo acertou o alvo mais uma vez. Desse modo, o encontro musical entre o pomposo “Heartwork” e o injustiçado “Swansong”, deu origem a trinca matadora iniciada com “No Love Lost”. Na sequência, “Tomorrow Belongs To Nobody”, encerrando com “Death Certificate”, para o delírio de qualquer apreciador da brutalidade extrema.

Mais um encontro, e mais uma trinca. Desta feita entre o excelente “Torn Arteries” e “Swansong”, resultou nas matadoras “Dance Of Ixtab (Psychopomp & Circumstance March No. 1 In B)”, “Black Star” (tocada apenas um pequeno trecho) e “Keep On Rotting In The Free World”, em mais um momento excepcional de um show que só estava na metade.



Photo: Geovani Vieira/ Mundo Metal

Revivendo o passado com precisão cirúrgica (desculpe o trocadilho)

De volta aos primórdios, mais especificamente ao ano de 1988, portanto, quando Walker e Steer eram garotos sonhando com o sucesso, “Genital Grinder” e “Pyosisified (Rotten To The Gore)”. Estas duas, extraídas do debut “Reek Of Putrefaction” e despejadas sem dó para um público sedento que vibrou com os “grunhidos” de Jeff Walker.

Dois pontos de vista que precisam ser observados!

1- Substituir “Genital Grinder” por “Carbonized Eyesockets” ou “Vomit Anal Tract”, seria uma excelente escolha. Afinal, teríamos um casamento mais que perfeito com “Pyosisified (Rotten To The Gore)”.

2- Ouvindo as referidas faixas nos dias atuais, fica claro o quanto “Reek Of Putrefaction” é um disco atemporal. Dessa forma, mesmo com sua produção “tosca” (compreensível para época), ele continua sendo um registro grandioso e importante para o estilo. E isso fica evidente vendo suas músicas executadas ao vivo.



De volta ao show: “Tools Of The Trade”, do EP homônimo lançado em 1992, seguida de “The Scythe’s Remorseless Swing” (e seus vocais a lá Dave Mustaine) e “316L Grade Surgical Steel” foram despejadas para um público insano que gritava o nome da banda a cada música tocada.

Em sua reta final as estupendas “This Mortal Coil” e “Corporal Jigsore Quandary”. Esta última, na opinião deste que vos escreve, certamente, uma das melhores músicas da discografia do quarteto.

Para o encore, foram tocadas “Captive Bolt Pistol”, “Ruptured In Purulence”, “Heartwork”, assim como “Carneous Cacoffiny”, quadra perfeita fechando a noite em grande estilo.

Photo: Geovani Vieira/ Mundo Metal

Saldo positivo

Em uma apresentação regada a clássicos executados de forma brilhante, a dupla Bill Steer e Jeff Walker, por certo mostraram que os anos de estrada aliados à maturidade foram primordiais para fazer do Carcass um grande nome na cena do Metal extremo. Um dos fatores determinantes desta fase grandiosa no qual se encontram deve-se principalmente ao line up sólido e consistente no qual a banda se mantém nos últimos anos, exceção apenas ao recém chegado James “Nip” Blackford, que assumiu a segunda guitarra em 2023 fortalecendo a sonoridade do grupo, principalmente, nas apresentações ao vivo.



A propósito, merecem destaques as performances individuais dos músicos do Carcass, em especial ao guitarrista Bill Steer, que surpreendentemente parece um jovem garoto de 18 anos, empunhando sua guitarra, pulando o tempo todo durante toda a apresentação (que pique!).

Destaques também para Daniel Wilding com sua bateria lembrando em alguns momentos um rolo compressor, destruindo tudo à sua frente, e, finalmente, Jeff Walker, empunhando seu contrabaixo como se fosse uma metralhadora, destilando bases pesadas e marcantes e com uma presença de palco espetacular.

Photo: Geovani Vieira/ Mundo Metal

Longevidade

Prestes a completar quarenta anos de existência, o Carcass é sem dúvidas um dos nomes mais emblemáticos do Metal extremo dos últimos tempos, servindo de referência e influência para inúmeros grupos que surgiram com o passar dos anos adotando principalmente o “gore” como estilo musical, iniciado quando a música pesada passou momentos arriscados (e conturbados) com a chegada dos anos 90.

Nota do Redator: mais que uma banda, o Carcass tornou-se uma instituição musical para uma geração que reconhece sua importância na história, em especial na história do Death/Grind mundial. Sendo assim, apesar da impressão de que o show não ultrapassou mais que 30 minutos de duração, vê-los ao vivo foi mais um daqueles momentos memoráveis e inesquecíveis, que ficarão guardados e eternizados em um velho HD com mais de 50 anos de existência (cinquenta e cinco pra ser mais exato). Aliás, que uma nova visita ao Brasil aconteça o mais breve possível.



Setlist:

  • Unfit for Human Consumption
  • Buried Dreams
  • Kelly’s Meat Emporium
  • Incarnated Solvent Abuse
  • No Love Lost
  • Tomorrow Belongs to Nobody / Death Certificate
  • Dance of Ixtab (Psychopomp & Circumstance March No. 1 in B)
  • Black Star / Keep On Rotting in the Free World
  • Genital Grinder
  • Pyosisified (Rotten to the Gore)
  • Tools of the Trade
  • The Scythe’s Remorseless Swing
  • 316L Grade Surgical Steel
  • This Mortal Coil
  • Corporal Jigsore Quandary

Encore:

  • Captive Bolt Pistol
  • Ruptured In Purulence/ Heartwork
  • Carneous Cacoffiny

Abaixo alguns vídeos registrados pela nossa equipe. Siga o novo Instagram do Mundo Metal para mais vídeos de shows:

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