Ingleses do Carcass contam sobre o modo de gravação de suas músicas.
Estamos diante de um mundo coberto por muita tecnologia, na qual a parte orgânica é substituída por componentes eletrônicos e sinais de rede. Decerto, muitas coisas evoluíram para o bem. Mas, nem tudo pode ser simplesmente substituído por modelos atuais e mais modernos somente porque alguém disse que é melhor e ponto.
Quando o assunto é música, mais precisamente, gravar música, o embate sobre isso acaba sendo mais caloroso. Pois, quem não vivenciou ou não prestou atenção no passado recente e é bombardeado pelo que é oferecido hoje, não entende como funcionava antes. E, portanto, acaba por desprezar sem ao menos entender como cada coisa era elaborada e construída.
Hoje você não precisa sair de casa para gravar uma música ou até mesmo um disco completo. Basta ter os equipamentos certos e os melhores programas de gravação. Tudo com o intuito de que o resultado seja satisfatório e sem que a pessoa precise visitar qualquer estúdio. Afinal, a sua casa pode ser o seu estúdio tranquilamente.
Sobre o modo de gravação dos ingleses do Carcass
O método de composição da banda foi o assunto comentado pelo guitarrista Bill Steer e pelo baterista Dan Wilding, ambos integrantes da banda inglesa de Death Metal, Carcass. A entrevista aconteceu no programa Métal Zone, da Oxygène Radio, durante o festival Muscadeath em Vallet, na França.
Primeiramente, foi o baterista Dan Wilding a responder em favor dos ingleses:
“Normalmente, bem, quase sempre, Bill começa com riffs ou uma coleção de riffs e nós meio que…
Geralmente começa comigo e Bill. Entramos em uma sala de ensaio e nós apenas tentamos fazer uma música, tentamos montar o quebra-cabeça, tentamos adicionar coisas. E então, eventualmente, chegamos a um ponto em que Jeff (Walker, baixista e vocalista do Carcass) entra e normalmente desmonta tudo (risos) e muda ainda mais. Ele pensa em vocais, o que normalmente não pensamos em vocais. Então essa é uma das razões pelas quais ele faz isso, eu acho. Mas, sim, é bastante orgânico, natural. Isso meio que em uma sala, descobrir na frente um do outro, uns com os outros, como podemos avançar para a próxima coisa. É uma tecnologia muito limitada, o que eu acho uma coisa muito boa.”
Em seguida, o guitarrista Bill Steer complementou:
“Sim, esse é o ponto comum em tudo o que já fizemos. É baseado em caras em uma sala de ensaio.
Não há outra maneira de fazer isso por nós. Porque acho que nossa música soaria tão diferente se nós
começássemos a fazer isso eletronicamente. Simplesmente não tenho interesse nisso.
Odeio enviar ou receber um e-mail. Não importa as outras coisas. Então, sim, vamos continuar assim, se pudermos.”
A tradição no método de gravação permeia o trabalho dos músicos do Carcass e isso soa muito positivo para os fãs, para o subgênero, e também para a música em si. Afinal, no dia em que nenhuma banda se reunir para compor e gravar novas músicas, a alma e a síntese da criatividade já terão ido para o espaço.
O uso de equipamentos modernos é providencial e não impede de uma banda se reunir em uma sala de ensaio para discutir como ficará a próxima música. Portanto, a junção de ambas as épocas pode ser benéfica para quem utiliza de tais maneiras.
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