Existe o dilema ao pensar sobre os grandes medalhões do Metal e do Rock, que em algum momento de suas extensas carreiras poderão decretar aposentadoria definitiva. O que será do Metal a partir desse instante? No underground, sem problemas. O “bueiro” do Rock vive um grande momento. E o mainstream também está se renovando.
Quanto aos americanos do Cannibal Corpse, um dos grande ícones do underground “médio” (médio por ter uma boa base de fãs e ser bastante conhecida pelos adeptos de Metal e seus subgêneros), está na estrada há um bom tempo e também já começa a entrar no raio-x da questão.
Durante entrevista com Shawn Ratches do Laughingmonkeymusic, o baterista e membro fundador do Cannibal Corpse, Paul Mazurkiewicz, falou sobre a longevidade da banda e como ele projeta os próximos anos:
“Enquanto estivermos todos saudáveis. Isso dirá quanto tempo podemos aguentar. Eu nunca pensei em meu começo que ainda estaria fazendo isso aos 53 anos. Então, quanto tempo podemos levar? Você só precisa olhar para isso, neste momento, dia a dia. Você nunca sabe ao certo. Se você se mantiver saudável, ativo e continuar fazendo isso, esse será o fator determinante, a saúde. Porque todo mundo sabe, quanto mais você envelhece, qualquer coisa pode dar errado a qualquer momento, seja uma doença ou um ferimento ou o que quer que você simplesmente diga, ‘Eu não posso mais. Não importa o quanto eu pratique e o quanto eu faça a coisa certa, não importa.’ Portanto, temos que levar isso dia a dia neste ponto. Não há como negar, estamos mais no fim de nossa carreira do que no início. Podemos continuar mais 30 anos? Bem, eu duvido muito. Eu teria 83 anos fazendo isso… Isso seria incrível (se ainda pudéssemos fazer nessa idade), mas, eu penso que seria quase impossível. Acho que é possível, quem sabe? Nós não sabemos. Ninguém pensa nisso de forma extrema.”
Mazurkiewicz relembrou um grande ícone da bateria que tocou até os últimos dias de vida:
“Quando você tinha (o baterista do The Rolling Stones) Charlie Watts ainda fazendo isso aos 80 anos, foi incrível.”
“Então, o fato de ele ainda tocar bateria e estar no palco aos 80 anos é incrível. Acabei de conhecer Carmine Appice outro dia, e ele tem 75 anos. E o cara ainda está lá tocando e fazendo suas coisas – embora talvez não seja Death Metal, mas ainda assim ele está lá tocando bateria…”
Completou o baterista ao também citar outro grande ícone do instrumento.
Mazurkiewicz finalizou e deixou a questão no ar, pois só o tempo responderá:
“Então, você nunca sabe. Você vive dia após dia. Contanto que estejamos saudáveis e nos sentindo bem e tudo esteja indo bem dessa forma, então quem pode dizer que não podemos durar mais 20 anos. Quem?”