A banda mexicana de Death Metal/Grindcore, Brujeria, lançou o álbum “Esto Es Brujeria”.
Com um nome bastante apropriado, o Brujeria surge com mais um álbum repleto dos condimentos pesados e apimentados tradicionais dos mexicanos. Juan Brujo está de volta com toda sua blasfêmia, crítica aos engravatados, drogas, orgulho pela guaca mole, pelos nachos e também com o conhecido bom humor. Bem, normalmente é assim. Não sabemos dizer ainda se a banda manteve essa pegada ou se resolveu ser mais uma banda de Melodic Death Metal da vida. Creio que não, mas é bom verificarmos juntos para entendermos melhor sobre o significado de “Esto Es Brujeria”. Certo, cabrón?
Cunto quiere ese coyote?
No passado foram 10 mil pesos e agora veremos se vale próximo ou além disso. Trata-se de uma alusão a um de seus versos icônicos junto à introdução de “La Migra (Cruza La Frontera II)”, em que Juan Brujo (vocal principal) e Pinche Peach (backing vocal) discutem sobre como atravessar a fronteira. A comparação é para saber se o nome do disco novo que carrega outra frase icônica dos cabrones, fazem jus ao novo full length, já que “Pocho Aztlán” (2016) dividiu bastante as opiniões, exceto a minha, só para ilustrar.
Documentação de “Esto Es Brujeria” para atravessar la frontera
“Esto Es Brujeria” é o quinto álbum da banda que foi tida como projeto por muito tempo, já que envolvia uma série de músicos, dos quais precisavam ter suas agendas alinhadas para poderem trabalhar com o Brujeria. Fear Factory, Asesino, Napalm Death e Carcass são algumas das bandas ligadas ao Brujeria por conta de seus respectivos músicos. A ideia foi inserida pelo guitarrista Dino Cazares (Fear Factory, Asesino) e que passou a usar o pseudônimo Asesino por conta de sua segunda banda.
O novo disco foi lançado no dia 15 de setembro via Nuclear Blast. Enquanto isso, os vocais gravados no Dog Run Studio em Riverside, Califórnia, EUA. Já a foi bateria gravada no Total Annihilation Studios em Los Angeles, Califórnia, EUA. Para as cordas, as guitarras gravadas no Robanna’s em Birmingham, Inglaterra, Reino Unido. E a gravação adicional na Audiocustom em Santiago, Chile. Ou seja, nos tempos atuais, utilizam-se de mais estúdios para gravar cada componente, de acordo com cada propósito. Assim sendo, a construção pode ser feita de forma remota e isso foi impulsionado muito mais por conta do pandemônio recente. Além disso, “Esto Es Brujeria” foi mixado e masterizado também no Audiocustom Studios.
Sebastián “Seba” Puente (guitarrista nas bandas Bitterdusk, Hellman, Nuclear) ficou a cargo da gravação adicional, mixagem e masterização, enquanto Miguel Seco cuidou da gravação das linhas de guitarra. Já Eddie Casillas foi o responsável pela gravação das vozes. Seu xará Eddie Rivas realizou a gravação da bateria. A arte da capa e o design foram assinados por Gary Ronaldson. E quem cuidou dos cliques para as fotos foi simplesmente Hannah Verbeuren, esposa do baterista Dirk Verbeuren (Megadeth, Cadaver).
Sobre os singles e canções lançadas em materiais anteriores
O Brujeria, por ser um projeto que envolve músicos de várias bandas, lança seus trabalhos de forma mais espaçada. Assim sendo, quando lançam um single, o próximo acaba levando um tempo mais prolongado para ser arremessado aos fãs em alusão à mascote “Coco Loco”.
Desde o lançamento de “Debilador” em 2008, faixa que faz parte do catálogo do álbum “Pocho Aztlán”, de 2016, a banda vem lançando músicas de maneira moderada. Os músicos aproveitam o pequeno tempo livre em suas agendas e passam a trabalhar com o material para o Brujeria. Foram oito anos contados a partir do primeiro single até o lançamento do penúltimo disco dos maricones.
A músicas “Bruja Encabronada” e “El Patrón Del Reventón” receberam videoclipe, assim sendo os principais singles do disco novo. “Mochado”, também com videoclipe, “COVID-666” e “Lord Nazi Ruso” já haviam sido lançadas antes mesmo do término de “Esto Es Brujeria”. Além disso, temos um cover de J. J. Cale para “Cocaína”, faixa reescrita e adaptada nos moldes sadísticos por Juan Brujo.
Os principais destaques dos encabronados
“Bruja Encabronada”, além de ter recebido um videoclipe, promovendo de melhor forma a canção, é uma espécie de “Pititis, Te Invoco”, do álbum “Brujerizmo” (2000). Jessica Pimentel substitui
Gabriela Dominguez, a eterna Pititis, e encarna a personagem La Encabronada. Entretanto, não há do que se preocupar com relação a uma possível comparação sem sentido e perda de tempo. Ao apreciar a canção, consegue-se perceber a dedicação de La Encabronada em fazer parte do time de “foras da lei do México”. Decerto, é a única faixa em que a atriz, dançarina, vocalista e guitarrista do Alekhine’s Gun participa.
“Bruja Encabronada” encarna as ondas sonoras das músicas mais apimentadas e cativantes da gangue mascarada e entrega todo o arquétipo conhecido pelos fãs e adeptos da música extrema. A tradição de envolver pequenas participações se mantém muito importante dentro da premissa da banda.
A canção é um prato cheio para a quebradeira acontecer no local aonde se escuta sua sonoridade. Então, trate de firmar bem os pés para não cair nas garras da bruja encabronada. A bruja, por sua vez, não é maligna, apenas vingativa. E sua vingança é voltada principalmente contra os abusadores de mulheres. Estes que estão aos montes por todas as partes. Que o machete separe as cabeças desses seres ao meio!
“Aquí estoy pararada enredada en tus sueños
Pesadillas pa los machos que se creen dueños
Cuando ellos violan, siempre los disculpan
La culpa no era mía, ni dónde estaba, ni cómo vestía”
“Mochado” é a faixa promocional de “Esto Es Brujeria”. É aquela que funciona como aperitivo durante a divulgação do álbum em vídeo, contendo algumas imagens inéditas. Porém, sem ser em formato de videoclipe. A faixa remete em boa parte os trâmites de “El Desmadre”, principalmente nos momentos acelerados. Nos momentos cadenciados, é perceptível lembranças de faixas como “La Ley De Plomo” (“Raza Odiada”), entre outras mais arrastadas e vibrantes. Entretanto, suas junções possuem formato próprio. Assim, retirando a sensação de cópia pura e dita.
Relatando o tsunami viral recente
“COVID-666” foi lançada propositalmente no dia 26 de junho de 2020, ano do colapso global recente. A letra aborda direitinho o que aconteceu durante esse furacão viral, com os milhões de desempregados, as gôndolas dos mercados vazias, a disputa para conseguir comprar papel higiênico (quem é de outro planeta não acreditaria nessa!), dentre outras situações caóticas, além do tom sarcástico característico utilizado nos versos. Entretanto, a música não fica apenas nisso e ainda menciona o Slayer na letra!
“¿Que paso aqui?
No hay nada en el mercado
Lo que queda esta todo tirado
Como si tuvieron tocada de Slayer aqui”
O início é puro Punk Rock com a bateria abrindo caminho sozinha para que as guitarras encham os alto-falantes em seguida. O dedilhado causa um efeito meio nova-iorquino em se tratando do Hardcore feito por lá. Poucas notas e muita energia para deter o vírus malfeitor!
Líder russo ariano e o cover adaptado em “mexicanês”
“Lord Nazi Ruso” é uma homenagens às avessas ao presidente russo “Vai dormir putinho”, digo, Vladimir Putin. A faixa foi lançada junto à compilação chamada “来日記念盤”, em 4 de março de 2020. Ou seja, antes mesmo do single acima. “来日記念盤” mostrou ter dois significados, de acordo com o tradutor automático. Em chinês lê-se: Lái rì jìniàn pán; e significa “Venha e recite o diário”. Em japonês lê-se: Rainichi kinen-ban; e significa “edição comemorativa do Japão”.
A canção se apresenta de maneira arrastada e ganha força ao passo que os vocais adentram ao campo de batalha. Os riffs subsequentes entregam um balanço equilibrado para a trama, enquanto os berros rasgados e graves se entrelaçam por entre os versos vociferados pelas mesmas vozes. A segunda parte coloca em cena uma agressividade ainda maior, relembrando os tempos dos três primeiros álbuns da discografia dos chicanos.
“Este es un hechizo malo
Pa’ ese ruso malvado!!
Este es un hechizo malo
No burles de mexicanos!!”
É bom não tirar sarro dos mexicanos, senhor presidente nazi russo! O recado foi dado!
“Cocaína”, além de ser cover de J. J. Cale, é uma faixa adaptada com o carimbo do Brujeria e é aquela que fecha o disco. Embora seja um destaque por conta de tais informações, ela não excede o poderio da banda e termina o álbum de forma equilibrada. O ritmo tradicional é mantido, mas com as distorções e timbragens dos contrabandistas foragidos e mascarados. “Tu día se acabó y quieres correr con… cocaína! / Hoy traes cruda fatal y yo te lo voy a quitar… cocaína!” – um trecho para entender a adaptação. A canção possui sua maior e mais conhecida nas mãos do clássico guitarrista e cantor Eric Clapton. Inclusive, ambos já se apresentaram juntos.
Esto es Brujeria
A faixa-título aparece logo no início, indicando claramente o que vem a ser Brujeria para os desavisados. O fruto disso resulta em uma ótima escolha para abrir o novo disco. Afinal, que tal iniciar com um noticiário guiado pelo âncora (que faz as vezes de cantor) nos moldes próximos ao de “Raza Odiada (Pito Wilson)”, faixa de “Raza Odiada”, segundo álbum de 1995? Bem, na verdade soa mais como uma campanha política. Ouça, pois é bem divertido!
Marijuanero, cocainero… A canção começa em formato de hino tocado de forma estridente. O ritmo tradicional da banda entra em cena e, certamente acontecem várias coisas durante a massa sonora constante. Os instrumentos de sopro aparecem para promover a campanha, além da famosa risada de Ciriaco Quezada, o nosso querido Pinche Peach. Ritmos quebrados, cornetas de anúncio e bateria se envolvendo com linhas mais extremas. Em resumo, você consegue se comunicar com muito do que o Brujeria já produziu, ao mesmo tempo em que percebe gratas novidades quanto aos detalhes.
Uma vida louca capaz de causar inveja ao diabo
Outro destaque é “El Patrón Del Reventón”, segunda faixa do disco e que logo de cara, coloca o ouvinte nas profundezas do som extremo e timbragem pesada. Essa é o tipo de música com letra carimbada pelo Brujeria. Você pode imaginar que o dono da festa esteja sendo tratado em versos, enquanto o mesmo admite que até Satanás o inveja. Mas, não se sabe se foi um pesadelo tido com o diabo ou se tudo aquilo aconteceu de fato.
Videoclipe de “El Patrón Del Reventón”. Pode ser assistido pelo canal do Brujeria no YouTube.
O volume do som vai aumentando aos poucos até que o desabamento do barraco acontece. Os dedilhados violentos premiam a quem cultiva do bom relacionamento com a música extrema. Riffs com cortes espaçados e bateria interpretada de maneira insana. Vozes vociferando os versos como gárgulas do anoitecer e baixo que pulsa o quanto pode para destruir o que resta do quarteirão. Isso só poderia terminar em riso endiabrado.
Eis o motivo de você não mexer com as pessoas erradas. “Tu Vida Loca” é um manual de como não se deve agir na frente de um líder de gangue. E não é uma turminha qualquer. Se te pegarem, você será tratado como o pior dos escravos e serviçais baratos da história. A sua retaguarda é o troféu que estará sempre em jogo. Portanto, se você mora e age fora da lei, tenha cuidado ou terá uma vida muito louca, no pior dos sentidos.
A paulada acontece através das primeiras pancadas de bateria. Em seguida, toda a horda ataca sem dó, movimentando-se de maneira adequada ao ritmo satânico, em lembrança a outra de suas grandes canções. O jogo de pedais funciona como uma engrenagem nova e bastante afiada. Em determinados momentos, pode vir à mente a faixa “Colas De Rata” (“Raza Odiada”).
Exorcismo e cura pela internet
“Mexorcista” é a fusão de mexicano com exorcista? Talvez. Se você pensar sobre a brujeria, entenderá isso como uma consequente ligação entre pontos. As estrofes revelam questões voltadas para a alto-ajuda via internet. O conceito de estar sendo possuído por algo ou alguma criatura do além é colocado em pauta. Todavia, a letra é bem clara e específica quanto a isso. A cadência toma conta do cenário e entrega um composto mais arrastado. Então, a bateria passa a caminhar juntamente com os outros instrumentos. Contratempos aparecem de forma inteligente, modificando o andamento que seria mais retilíneo. Mas, não para por aí.
O lado mais extremo entra em cena. Os dedilhados extremos surgem aos montes. O baixo une o alicerce e encobre qualquer desvio de conduta musical que pudesse existir. Por fim, a bateria traz linhas concisas e condizentes com a trama.
“Tenho certeza que você está possuído
Eu vejo um maldito demônio envolvido
Você tem que limpar sua alma
Encontre ajuda on-line
Com exorcismo eu posso te salvar
E hoje posso aplicar para você pelo celular
Para o seu ciber-cismo
Procure ajuda de um mexorcista”
As pessoas em boa parte estão doentes por darem mais importância ao lado virtual de suas vidas em troca do sacrifício de suas almas.
Manual da nada boa vizinhança
“Políticamente Correctos” é outra música que trata de fatos recentes. O politicamente correto invadiu as entranhas do planeta e não quer sair mais. Isso está ficando enraizado na mente e na vida de cada pessoa. O direito de pensar, de analisar e de agir, está indo para o ralo. Entretanto, ainda há tempo para se organizar contra toda essa tirania. Em letra, a banda diz saber que todo mundo está viciado na internet. Todo mundo preso no mundo das redes sociais, embora possua um lado bom. Pois, até os músicos se envolveram nisso. E quem não? Estou aqui utilizando o tradicional nanquim virtual para redigir esse papiro musical.
Entretanto, existem as más influências cibernéticas. Pessoas “stalkeando” e “trollando” as outras sem se queixarem das consequências. Para a banda, a revolta ainda mais gritante é sobre os ditos politicamente corretos.
A sonoridade funciona como pano de fundo para o discurso inicial. A trama circunda essa ideia até virar um debate. Mais adiante, o som pesado retoma o seu lugar de direito. Porém, tudo volta ao início e segue pelos mesmos caminhos.
Faixas moderadas
As outras faixas ficam em uma prateleira mais abaixo no disco. Mas, não por serem pífias e patéticas, e sim por não terem tanto destaque quanto. As músicas são diferentes entre si, mas apresentam as mesmas fórmulas e sem muita ou quase nenhuma novidade. Ajudam a fortalecer o elenco, mas passam despercebidas ao ouvir o disco todo.
“Estado Profundo” possui um riff completamente comum dentro da concepção sonora da banda. Entretanto, não desabona o serviço. Ela mantém o peso ideal para a obra e possui uma das melhores letras de todo o álbum. Temos outro vírus aqui. O vírus político que infecta via internet.
Hoje os malditos políticos têm uma receita que é a de tomar um país sem fazer guerra. Com ajuda comunista eles usam redes sociais para infectar as pessoas. Jogos mentais subliminares aumentam e com um presidente racista no comando. Eles próprios são a cabala do estado profundo. Eles mesmos são o problema e se você acredita no estado profundo e em todas as mentiras, você já está infectado. Esse é o recado.
“G-A-K” é uma senha para a entrega das colas de rata e a letra guia a quem quer vê-los em turnê, para poder enviar o cravo aos interessados. Se fizer tudo certo, ganha entrada na faixa. O baixo dita o ritmo inicial. Depois, a sequência com boas quebras e viradas é encaixada no guia para a entrega da sacola.
Outras faixas
“Todos a bordo
Sale el tren con tus sueños y más
O esa última parada para que descanses en paz”
“Bestia De La Muerte” é um trem clandestino com destino para o futuro de qualquer pobre que deseja mudar de vida. Porém, a viagem costuma ser sem volta e também sem chegada. Muitos pagam com suas próprias vidas das mais inimagináveis formas. A canção alterna entre cadência e velocidade, quase que imitando um comboio de ferro velho nos trilhos em direção a Gabacha.
O baixo inicia de forma predominante em “Perdido En El Espacio”, trazendo um clima de espaço sem gravidade. As guitarras são aliadas da trama. A bateria apoia a ideia e transmite equilíbrio e simplicidade para manter o alicerce equilibrado. É possível lembrar “Sacrificio”, faixa do debut “Matando Güeros” (1993). A premissa mostra o desejo de se isolar de tudo. Sem amigos, sem ninguém. Apenas flutuando no espaço sideral e, se possível, sendo amigo apenas do robô Robinson.
Mais faixas
“Odio Que Amo” contrasta entre a falta de amor e de ódio e, de um contra o outro em meio a uma mudança na presidência. Presidência “trumposa” ou “marijuanesca”? Ou ambas? Parece uma continuação da faixa anterior e sem muito impacto. Exceto quando o segundo riff principal entra em cena.
Esse nome logo traz à mente algo como “Misas Negras”, também do debut, mas é bem diferente estruturalmente falando. “Testamento 3.0” apresenta algo mais denso e contido sem pender para as curvaturas extremas da coisa. Entretanto, continua seguindo a fórmula sem desviar o foco. Porém, o aviso é forte e retrata a outra face do ser mais falado em qualquer parte do planeta.
“Isto é sobre profecias escritas escondidas em livros antigos
Desde o início eles colocaram feitiços usando a palavra
Com palavras eles poderiam controlar a vontade dos humanos
O negativo no mundo chegou até nós através de religiões podres
Eles espalharam a palavra para controlar as raças do mundo inteiro
E a palavra é… Deus!”
Não que sejam de baixa qualidade, mas com um álbum mais enxuto, o Brujeria poderia alavancar melhor seu novo disco. Entendo a proposta com mais músicas, até pela demora quanto aos lançamentos. Entretanto, são músicas que poderiam ser retiradas e colocadas em um outro álbum ou até mesmo um EP. Ainda assim, soa como um autêntico manual da desgraceira e bom humor chicano.
Considerações e curiosidades de la frontera final
O Brujeria se atualizou e resolveu explorar temas recentes e atuais, conforme pudemos analisar. Porém, a banda não se sujeitou apenas a fazer isso e manteve suas tradições folclóricas em outras canções. Assim, equilibrando o cenário e não tornando um simples álbum de revolta e protesto.
Outro fator bastante costumeiro na banda é o fato referente às várias mudanças no extenso line up. Tanto é que dificilmente se apresentam com a formação certa. Decerto, a formação que participou das gravações de “Esto Es Brujeria”, mandou muito bem. Principalmente as novas atrações da banda.
O elenco é formado por:
Pat Hoed, vulgo Fantasma (ex-Down By Law, ex-Foreign Object, ex-Indemnifier, ex-Nip Drivers, ex-Punk Rock Vatos, ex-Santa Sabbath, ex-Slowrider);
Shane Embury, vulgo Hongo (Absolute Power, Bent Sea, Born To Murder The World, Hicks Kinison, Insidious Disease, Lock Up, Menace, Napalm Death, Tronos, Venomous Concept, War Of The Second Dragon, ex-Azagthoth, ex-Intestinal Infestation, ex-Meathook Seed, ex-Unseen Terror, ex-Warhammer, Blood From The Soul, Dark Sky Burial, Little Giant Drug, Visceral Collapse, ex-Liquid Graveyard, ex-Anaal Nathrakh [ao vivo], ex-Drop Dead, ex-Malformed Earthborn);
Ciriaco Quezada, vulgo Pinche Peach (ex-Indemnifier); John David Lepe, como Juan Brujo;
Henry Sanchez, como Sangrón (Sangre); Georg Anton Reisenegger von Oepen, como El Criminal (Criminal, Lock Up, Pentagram Chile, Vampyromorpha [ao vivo], ex-Fallout, ex-Metal Against Coronavirus, United Forces, ex-Inner Sanctvm, ex-Twilight Of The Gods [ao vivo]); Jessica Pimentel, La Encabronada (Alekhine’s Gun, ex-Desolate).
Outros detalhes
Ainda sobre Jessica, ela também é atriz e dançarina. Mais conhecida por interpretar a personagem Maria Ruiz na série de televisão americana Orange Is the New Black. Embora tenha sido criada como cristã, tornou-se budista praticante quando adulta, então mostrando seu poder de decisão. Ela também gravou diversas músicas com a banda Black Heart Sutra. Além de tudo, ela é artista de baixos Spector, guitarras Halo e amplificadores Krank. Jessica possui um relacionamento com o baterista do Meshuggah, Tomas Haake. Ambos moram na Suécia. E pra finalizar, ela se saiu bem no lugar da tradicional Pititis, embora Gabriela trouxesse toda a magia que a banda necessitava.
Gabacho (a): é uma palavra usada na língua espanhola para descrever estrangeiros de diferentes origens na história anterior. A sua origem está na Espanha peninsular, como sinônimo pejorativo de “francês”.
“Es hora de usar todo nuestro poder
Desde el infierno hasta el sol
Voy a armar un ejército
De brujas bien cabronas
Vamos a enseñarlos qué significa
Brujería!”
nota: 8,6
Integrantes:
- Fantasma (baixo, vocal)
- Hongo (baixo – faixas 1, 2, 4-16)
- Pinche Peach (vocal)
- Juan Brujo (vocal)
- Sangrón (vocal)
- El Criminal (baixo, guitarra, vocal)
- Hongo Jr. (bateria)
- El Cynico (baixo, vocal)
- La Encabronada (vocal – faixa 4)
Artistas convidados:
- Lu C. Fer (samples)
- Hermanos Voodoo (coros)
- GAK Boys (coros)
Faixas:
1 Esto Es Brujeria
2 El Patrón Del Reventón
3 Estado Profundo
4 Bruja Encabronada
5 G-A-K
6 Tu Vida Loca
7 Mexorcista
8 Bestia De La Muerte
9 Políticamente Correctos
10 Mochado
11 Perdido En El Espacio
12 Odio Que Amo
13 Testamento 3.0
14 Covid-666
15 Lord Nazi Ruso
16 Cocaína (J. J. Cale cover)
Redigido por Stephan Giuliano