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As 10 melhores introduções de álbuns de Metal

A audição de um álbum de Metal, para muitos (e eu me incluo nessa) é quase que um ritual sagrado.

   

Você para o que está fazendo, se concentra na música e, dessa forma, extrai tudo que o artista tentou passar aos fãs em termos de sentimento.

Uma audição cuidadosa acaba inserindo o ouvinte dentro do contexto e dos conceitos do álbum em questão. É quase como um encontro de almas e, em muitos casos, para rolar tal interação entre obra e ouvinte, o disco em questão precisa ser pensado/elaborado da maneira correta.

Quantas vezes não começamos a ouvir determinada obra e somente pelo início do tracklist, ou seja, as duas ou três primeiras faixas, não nos interessamos muito pelo material e acabamos rejeitando ou negligenciando o restante da audição?

O que quero dizer é que começar bem é imprescindível. Um início de álbum matador, contendo uma introdução bem feita, com duas ou três faixas empolgantes, diferenciadas e/ou cheias de energia e vitalidade, é meio caminho andado para que o trabalho em questão caia nas graças do fã.

   

Pensando nisso, observamos que algumas bandas conseguiram realizar tais tarefas com louvor!

Separamos aqui 10 introduções/começos de álbum que são absolutamente impecáveis e ganham o ouvinte logo nos primeiros minutos. Vamos a elas:

10 – Helloween – “Keeper Of The Seven Keys Part II” (1988)

O Helloween já tinha se utilizado deste artifício nos seus dois trabalhos anteriores. Uma introdução orquestrada seguida de uma faixa veloz e energética. Mas em “Keeper Of The Seven Keys Part II”, tanto a introdução como a canção escolhida, no caso, “Eagle Fly Free”, casaram de forma perfeita. Desde o início da audição, o ouvinte é literalmente tragado pra dentro da musicalidade da banda. Obviamente, o restante das músicas ajudam a manter o alto nível.

9 – King Diamond – “Conspiracy” (1989)

A banda solo de King Diamond, desde o início, trouxe a ideia de discos conceituais, isto é, que trazem uma história sendo contada durante cada uma das canções. Por se tratar de histórias de terror, é bem frequente ver os registros da banda iniciando com introduções macabras, muitas vezes usando a voz de King Diamond para proferir falas escabrosas que, dessa forma, ambientam o fã ao roteiro que será seguido dali em diante.

Em “Conspiracy” não temos uma intro propriamente dita, mas a faixa “At The Graves” possui um início capaz de suplantar qualquer vinheta ou coisa do tipo. É com toda certeza um dos começos de audição mais climáticos e assustadores de todos os tempos. Assim como faz o ouvinte voltar todas as suas atenções imediatamente ao álbum.

   

8 – Metal Church – “Metal Church” (1984)

No debut homônimo, os norte americanos do Metal Church se utilizaram de algumas climatizações muito interessantes que envolvem o ouvinte em um cenário de mistério e suspense. Quando “Beyond The Black” começa de fato, ainda é revelado uma belíssima parte instrumental que introduz o ouvinte na sonoridade do grupo mesmo antes de ouvir pela primeira vez a voz do vocalista David Wayne. É preciso ressaltar que as canções seguintes funcionam como um complemento para o bom andamento e a construção do track acerta no alvo com as chegadas de “Metal Church”, “Merciless Onslaught” e “Gods Of Wrath”. Que sequência, senhores!

7 – Destruction – “Eternal Devastation” (1986)

Em seu segundo full lenght, o Destruction conseguiu trazer uma das aberturas mais fantásticas para um álbum de Thrash Metal. Se não bastasse a musicalidade forte, o power trio alemão encontrou uma forma muito peculiar de começar o clássico “Eternal Devastation”. Com sons de guitarra criados pela genialidade do riffmaker Mike Siefringer, o início de “Curse The Gods” serve quase como um anúncio do apocalipse sonoro que estava por vir. Mas é somente quando entra o riff principal com aquele timbre de motosserra que você entende o quanto o grupo acertou no escolha. Emblemático e inatingível, nem mesmo a própria banda conseguiu recriar esta mesma atmosfera nos álbuns seguintes. E olha que eles tentaram.

6 – Iron Maiden – “Killers” (1981)

“The Ides Of March” é aquela instrumental curta e pegajosa que funciona como uma espécie de marcha em direção ao desconhecido. Funciona ainda melhor quando o que vem á seguir é um hino do tamanho de “Wrathchild”. Se o disco de estreia abre de maneira crua e visceral com “Prowler”, “Killers” foi preparado para que o fã do Maiden tivesse outro tipo de experiência. Impossível não mencionar a trinca inicial que ainda culmina com a matadora “Murders In The Rue Morgue”.

5 – Judas Priest – “Painkiller” (1990)

O Judas Priest é uma banda que fez escola desde sempre no Metal, mas o álbum “Painkiller” é quase um consenso entre os fãs do gênero. A faixa título é dona de uma das introduções de bateria mais famosas da história da música pesada e, somente isso, já seria motivo para colocar o disco nesta lista. Mas após o solo de Scott Travis, não podemos nos esquecer que temos um dos riffs mais poderosos da dupla Tipton/Downing. A composição em si é absolutamente furiosa, visceral e soa como nitroglicerina pura. Se pensarmos que depois da porradaria inicial, ainda temos na sequência “Hell Patrol”, “All Guns Blazing”, “Leather Rebel”, “Metal Meltdown” e etc, é obrigatório mencionar este disco.

4 – Grave Digger – “Tunes Of War” (1996)

Aqui temos o melhor de dois mundos. Um tema interessantíssimo como a luta pela independência da Escócia, atrelada a uma dose de criatividade cavalar dos alemães do Grave Digger. Para quem não sabe, a intro “The Brave” é uma versão Heavy Metal para a canção “Alba Na Aigh”, ou “Scotland The Brave”, que é quase que um hino nacional escocês não oficial. Para quem conhece a história é impossível não se arrepiar ao ouvir o som das gaitas de fole. E para completar, na sequência desse verdadeiro chamado para a guerra, entra nada menos que “Scotland United”, uma das canções mais brutais da banda. “Tunes Of War” é um dos maiores álbuns conceituais da história do Heavy Metal e deveria ser muito mais reconhecido como tal.

   

3 – Black Sabbath – “Black Sabbath” (1970)

Os primeiros segundos do primeiro disco de Heavy Metal da história é climático e apavorante. Você é colocado dentro de um local inóspito, com a chuva caindo torrencial, trovões ao fundo e uma aura de maldade quase palpável. O riff da canção homônima é tão macabro que causa até um certo desconforto. Os vocais de Ozzy chegam sussurrando uma história horripilante e te coloca em transe. Se até hoje esse começo causa calafrios, imaginem para a sociedade de 1970. O Black Sabbath foi um verdadeiro fenômeno naquela época e esta introdução é nada menos que sensacional.

2 – Slayer – “Hell Awaits” (1985)

Desde que ouvi “Hell Awaits” pela primeira vez, sempre repeti que o início da canção título era o melhor começo de um álbum extremo da história. Sem pressa alguma em chegar ao ápice, o Slayer montou uma composição que não tem pressa para se desenvolver. A banda vai crescendo junto com a música, os riffs vão se amontoando, a cavalgada chama o fã para o headbanging e quando vem a explosão final que culmina no real andamento violento da música, você entende perfeitamente o que eles queriam dizer com o nome “Hell Awaits”. É quase como se a banda dissesse, “o inferno na Terra chegou, crianças. Tentem sobreviver ao moshpit mais insano de suas vidas”.

1 – Accept – “Restless And Wild” (1982)

O começo de “Restless And Wild” é sem dúvida o primeiro colocado deste ranking com todos os méritos. Pensem. O disco foi lançado em 1982, época onde músicas velozes e viscerais não eram nem de longe o que conhecemos hoje. A pessoa ia na loja, comprava o álbum, ia pra casa e, ao colocar o vinil pra tocar, começava uma espécie de canção folclórica alemã.

Os versos “Heidi, Heido, Heida” imediatamente faziam o ouvinte se questionar, “mas que diabos é isso? Será que meu LP veio com defeito?”, mas aí vinha o ruído da agulha riscando o disco de vinil e o grito selvagem de UDO Dirkschneider era o prenúncio para a destruição sonora total.

“Fast As A Shark”, em pleno ano de 2024 ainda é uma música impactante. Imagine isso em 1982!? O Accept estava há anos luz à frente das demais no quesito agressividade. Medalha de ouro.

   
   

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