Alice Cooper, o rei do Shock Rock, conversou com Marianne Sierk, da rádio 98 Rock de Baltimore e, revelou de onde tira tanta energia e motivação para continuar com as turnês aos 77 anos.
O simpático e gentil Vincent Furnier (seu verdadeiro nome), impressiona por suas performances ao vivo energéticas e entusiasmadas; ele realmente sabe como contagiar o público:
“Eu nunca me canso de fazer isso. Eu nunca me canso de interpretar Alice. Quer dizer, eu faço isso há 60 anos. E o personagem que eu interpreto no palco… Havia duas Alices. Havia a Alice original, que era uma espécie de bode expiatório. Ele era o problema da sociedade. E quando fiquei sóbrio, eu disse: ‘Eu não posso mais interpretar esse personagem. Então agora eu vou interpretar Alice como um vilão arrogante. Ele vai ser esse vilão realmente arrogante.’
Eu nunca me canso de tocar. Você pensaria que eu me cansaria de tocar ‘[I’m] Eighteen’ e ‘Under My Wheels’ e tudo mais. É muito divertido. E você se cerca dos melhores músicos. E acontece que os melhores músicos [da minha banda atual] são todos melhores amigos. Sem egos. Ninguém reclamando. Quer dizer, [a guitarrista] Nita é como um anjo. Ela mal pode esperar para subir no palco. Ela está conosco há 10 anos. E ela tem sua própria banda. E ela tocou com [a superestrela do pop] Demi Lovato por um ano. Então, nós tínhamos guitarristas diferentes. Eu disse a ela: ‘Vá lá. Nosso show sempre estará aqui. E é uma porta aberta. Você sempre pode voltar.'”
Recentemente, o cantor anunciou a reunião da formação original da banda Alice Cooper para um novo álbum intitulado “The Revenge Of Alice Cooper” que estreará no dia 25 de julho via earMusic. Essa formação se separou em 1974 e gravou os sete primeiros discos. Alice afirmou que o novo registro “soa como o álbum que deveria ter sido lançado logo depois de ‘Billion Dollar Babies’”:
“Bem, o engraçado foi que quando nos separamos em 74, não foi como um divórcio; foi uma separação. E todos nós mantivemos contato uns com os outros. Cada um fez sua própria música. Dennis trabalhou muito com o Blue Öyster Cult e coisas do tipo. E então, nos últimos quatro álbuns do Alice Cooper, eles tocaram em duas ou três músicas. E finalmente eu simplesmente disse: ‘Por que não fazemos um álbum?’. E o produtor de longa data, Bob Ezrin disse: ‘Eu faço isso’. Ele gravou todas as músicas originais conosco. E o melhor de tudo é que parecia que o tempo não tinha passado. Este álbum soa como o álbum que deveria ter sido lançado logo depois de ‘Billion Dollar Babies’. Não tentamos fazer com que soasse como os anos 70, não tentamos fazer com que soasse como nada — era exatamente o que teria acontecido em 1975. Então, estou muito orgulhoso do álbum. É simplesmente um álbum muito inteligente.”
