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Whitesnake: “qual é o sentido de trabalhar com alguém se não posso ensinar nada ou receber algo em troca?”, diz Coverdale sobre John Sykes

Reprodução

Existem muitos casos dentro do Rock e do Heavy Metal em que dois ou mais músicos possuem uma mágica incrível na hora de fazer música, mas nem sempre isto é necessário para manter estas pessoas juntas por muito tempo. Estar em uma banda é um exercício de convivência e quando esta relação não é boa, não importa a química musical existente, não vai funcionar.

O guitarista John Sykes é simplesmente co-escritor de 9 faixas do aclamado disco do Whitesnake, de 1987. Clássicos como “Still of the Night” e “Is This Love?” são assinados pelo músico. Porém, em recente entrevista com Andrew Daly, do Metal Edge, o vocalista David Coverdale, o homem por trás do Whitesnake, foi questionado sobre sua relação com John Sykes e sobre a possibilidade de uma nova colaboração.

David disse o seguinte:

“Como você sabe, as coisas ficaram esquisitas entre nós, o que foi lamentável. Mas John era e é um talento incrível. Nossa química musical era ótima, mas não funcionou pessoalmente. A verdade é que não importa o quão incrível seja o álbum que fizemos juntos, não conseguimos nos conectar como pessoas. Você pode ouvir que havia mágica criativa nesse relacionamento, mas parou no momento em que colocamos os microfones e os instrumentos de lado. John foi fundamental para aquele disco e um excelente músico ao vivo, Mas havia muitos aspectos importantes das coisas que não estavam lá. Não era para ser. Com John, as coisas simplesmente explodiram. Acho que o fundo do poço foi quando ele tentou me demitir da minha própria banda. Como você pode imaginar, isso não foi muito bom.”

Coverdale e Sykes – Reprodução/Internet

Questionado se manteve contato com John após sua saída do Whitesnake, David fala:

“Eu estava conversando com um conhecido em comum há alguns anos e disse: ‘Não ouço nada de John há muito tempo’, E esse conhecido fez John e eu conversarmos enquanto eu estava trabalhando em demos para o álbum ‘Into The Light’. Então, depois de algo como 15 anos de animosidade, nós conversamos e nos demos bem. Pensamentos de trabalhar com ele novamente passaram pela minha cabeça, mas quanto mais falávamos, mais eu percebia que eu havia mudado significativamente, e John tinha sido seu próprio patrão por todo esse tempo, então isso nunca funcionaria. Eu pensei: ‘A química não vai funcionar, vai acontecer tudo de novo, não posso deixar isso acontecer’. Sinceramente, simplesmente não quero fazer nada neste momento da minha vida que abra a porta para o arrependimento. Sei que talvez isso seja decepcionante para os fãs e desejo todo o sucesso a John, pois sei que ele é um guitarrista muito amado e admirado. E espero que esteja tudo bem com ele, já que não tenho notícias dele há algum tempo. Mas acho que o que me guia agora é algo que aprendi com Jimmy Page, Jon Lord e o grande Ritchie Blackmore, qual é o sentido de trabalhar com alguém se não posso ensinar nada ou receber algo em troca?”

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