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Vale a pena ouvir de novo: Nile – “Black Seeds Of Vengeance’ (2000)

O ano era 2000, inicio do século 21, enquanto os americanos do Linkin Park lançavam o gigantesco debut, “Hybrid Theory”, e seus compatriotas do Deftones, o seu amplamente elogiado “White Pony”, terceiro álbum de sua discografia, ainda na terra do Tio Sam, o poderoso NILE, muito longe das experimentações moderninhas dos outros dois mencionados, disponibilizava um dos melhores registros de Death Metal já criados, o divisor de águas “Black Seeds Of Vengeance”.

Você se pergunta, mas o que diabos duas bandas de Nu/Alternative Metal têm a ver com este gigante do Metal da Morte? Bom, nos primórdios dos anos 2000, a comunidade “headbanger” se sentia alienada e saturada pelas novas tendências musicais que haviam surgido ainda na metade do anos 90 e engolia a indústria da música, então, digamos que era necessário um esforço e dedicação tremendo por parte das bandas de Metal extremo para lançar algo de alto impacto e peso e que se mostrasse relevante. Mas foi em meio a este cenário meio decadente que alguns dos mais devastadores registros foram lançados. Um breve contexto histórico gratuito, caro leitor.

Lançado em 5 de setembro de 2000, pela Relapse Records, “Black Seeds of Vengeance” é o segundo disco de estúdio do NILE, produzido pelo Faraó do Death Metal, o guitarrista, principal compositor e vocalista Karl Sanders. Contendo 12 amostras do mais primoroso Death egípcio, o registro é marcado pelo inicio do direcionamento musical insanamente complexo e brutal, e também o aprofundamento lírico e instrumental inspirado na Egiptologia, especialmente no aspecto teológico.

Nile/Karl Sanders/repdrodução

Há uma atmosfera quase ritualística nesse álbum, muito disso se deve á quantidade absurda de músicos adicionais, os quais contribuíram majoritariamente com linhas vocais e instrumentos tradicionais, usados desde o alvorecer do antigo Egito.

No ano de 2020, a revista Metal Hammer elegeu em seu Top 20, “Black Seeds of Vengeance” como um dos melhores álbuns do ano de 2000.

Reprodução

Como complemento, a revista fez uma entrevista muito pertinente com o guitarrista/vocalista e mente por trás do trabalho, obviamente, estamos falando de Karl Sanders. Sanders fez uma distinta afirmação sobre a sonoridade e sua perspectiva sobre a obra:

“Esse álbum (‘Black Seeds’) está longe de ser perfeito, mas tem uma ‘vibe’ em torno disso…Tem, definitivamente essa violência. Se eu tivesse que escolher entre violência e maldade ou perfeição técnica, eu escolho violência e maldade!”

Escolha muito modesta de adjetivos, eu diria.

Aos amantes do que há de mais brutal no Death Metal : Vale a pena ouvir de novo.

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