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Slayer: “estava me sentindo um pouco frustrado depois de fazer a mesma coisa dia após dia”, diz Dave Lombardo sobre sua saída da banda

Photo: Chris Walter, Getty Images

Dave Lombardo é um dos bateristas mais brilhantes do Metal, principalmente, se pensarmos na sua contribuição com o Slayer ao longo da história. Mas é interessante perceber que o músico, de todos os que participaram da chamada formação original e clássica da banda, foi sempre aquele que buscou outros caminhos musicais para expressar sua arte.

Em pleno auge do Slayer, após o a turnê do icônico “Seasons In The Abyss”, Lombardo deixou o grupo para apostar em outros projetos. É verdade que mais tarde ele retornou, mas também não ficou muito tempo e, novamente, deixou a banda.

Sobre esta espécie de inquietude do baterista, ele falou em uma nova entrevista a Oran O’Beirne, da revista Fistful Of Metal. Questionado sobre o que levou o músico a querer trabalhar com outras pessoas, bandas e estilos no final dos anos 80, Lombardo disse:

“Lá em 89, depois de fazer turnê mês após mês com o Slayer, eu estava me sentindo um pouco frustrado depois de fazer a mesma coisa dia após dia. Tornou-se tão repetitivo e eu realmente tive uma vontade enorme de fazer algo diferente. Algo que realmente desafiasse minha habilidade. Eu queria me ramificar e trabalhar com outros músicos, então no início dos anos 90, comecei a trabalhar com Testament e Fantômas. Eu senti que era um pouco camaleão, onde eu poderia simplesmente me adaptar a tantos estilos diferentes de música e trabalhar com uma gama variada de guitarristas e andamentos — especialmente com Fantômas.

A dinâmica muda tão rápido com Fantômas, então eu tive que me adaptar muito rápido aos arranjos, e sou muito grato que Mike viu minha habilidade de fazer exatamente isso. Foi muito divertido trabalhar juntos naquela época, e ainda é hoje. Sou eternamente grato a ele por me convidar para essa viagem selvagem — sem mencionar que me apresentou a John Zorn, o compositor de jazz-metal. Esse foi realmente o momento para mim que mudou tudo. Era disso que eu realmente estava faminto quando penso naquele sentimento de frustração em 89.”

Sobre seu longo relacionamento com o vocalista do Faith No More, Mike Patton, Lombardo disse:

“Trabalhei com Mike em tantos projetos, e ele sempre me disse para seguir meus instintos e não ter medo de expor minha arte ao mundo. Isso teve um grande impacto na minha confiança e foi uma grande parte do processo de decisão quando se tratava do meu trabalho solo. Também estou muito ciente de que a mídia social é um monstro e, por melhor que possa ser às vezes, também pode destruir artistas. Então, isso está sempre na minha mente, mas então essa atitude Punk entra em ação e eu simplesmente não dou a mínima para o que os outros pensam.”

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