O baterista do Skid Row, Rob Hammersmith, abordou a relação entre álcool e turnês, e revelou se hoje existe alguma regra na banda sobre o consumo de álcool durante as turnês. Em uma nova entrevista ao Gym Rock Crew, ele disse:
“Não são regras rígidas e rápidas. Bom senso. E eu sei que essa é uma resposta geral. Eu certamente não consigo me safar com o que costumava fazer. E isso é normal. É uma coisa boa. Não tenho nenhuma história maluca para você. Quer dizer, eu tenho algumas histórias sobre noites que me fugiram do controle, como todos nós, mas não houve um momento específico em que eu disse: ‘Ok, isso não está certo ou não é bom’. Eu simplesmente cheguei a um ponto em que realmente percebi que isso estava me afetando e ‘Eu não consigo funcionar. Estou farto de me sentir doente e cansado’.
Certamente não estou aqui para dizer às outras pessoas o que acho certo ou errado. Sei que cada um tem uma relação diferente com o álcool, e esse é um assunto muito sério, é uma coisa muito séria que todo mundo – não apenas os músicos, não apenas nós – tem uma relação diferente com o álcool. Eu sei, na maioria das vezes, o que posso fazer para me divertir ocasionalmente e tomar alguns drinques, mas sem deixar que isso afete meu trabalho.”
Segundo Hammersmith, o trabalho em uma banda envolve “gerenciamento de personalidade”. Ele também disse que reduziu bastante o consumo de álcool:
“O interessante sobre ser músico, sem me aprofundar muito em todos os diferentes aspectos do que fazemos, é que, até certo ponto, tocar música é obviamente o trabalho, e essa é a descrição do trabalho, mas acho que muitas pessoas não percebem o quanto do trabalho envolve gerenciamento de personalidade. E quando digo gerenciamento de personalidade, isso não inclui apenas todos ao seu redor. Inclui gerenciar sua própria personalidade. E quando você começa a levar coisas como sono, dieta, álcool e todas essas coisas ao extremo, quer você perceba ou não, isso afeta sua personalidade, afeta a maneira como você responde às pessoas ao seu redor, e à medida que você envelhece e erra algumas vezes e continua errando ocasionalmente, você se torna cada vez mais consciente de como tudo isso funciona.
Então, eu não tenho uma definição clara — não tenho um ‘máximo de duas doses’ rigoroso, nem uma política rígida, nem números rígidos. Eu só sei que reduzir o consumo e ser mais consciente do porquê… Se eu vou sair de casa, trabalhar e tocar bateria, é ótimo. Eu adoro isso, mas estou lá para fazer um trabalho e há um propósito para mim estar lá. E essa é uma resposta muito longa para dizer que não tenho um programa claro ou um conjunto claro de critérios para você. Eu certamente reduzi bastante o consumo, e acho que é simplesmente necessário… Como eu disse, com a questão do gerenciamento de personalidade, acho que você se torna um companheiro de banda melhor, e claro, você se torna um músico melhor, e isso é importante, mas se tornar um companheiro de banda melhor e ser uma pessoa mais confiável ou mais positiva, acho que é igualmente importante.”