PUBLICIDADE

[ Anuncie Aqui ]

Resenha: The Halo Effect – “March Of The Unheard” (2025)

PUBLICIDADEspot_imgspot_img

O segundo disco costuma ser um divisor de águas para muitas bandas: umas naufragam ali mesmo, chegando até mesmo a encerrar sua carreira, outras seguem adiante. No caso do The Halo Effect, depois de uma estreia morna em 2022 com “Days Of The Lost”, o grupo entretanto conseguiu causar uma impressão melhor sobre os fãs de Melodic Death Metal com “March Of The Unheard” (2025).



Curioso como a cidade natal do grupo, Gotemburgo, acabou se tornando referência quando falamos especificamente de um estilo musical. Quem é o rei local do Death Metal melódico eu não sei, mas que a briga em Gotemburgo está ficando cada vez mais acirrada, está – bom para os fãs do estilo.

Foto: Linda Florin

As comparações virão

As comparações com os conterrâneos do In Flames e Dark Tranquility, origens do The Halo Effect, afinal, o grupo tem ex-cinco In Flames na formação e Mikael Stanne fazendo os vocais também no Dark Tranquility, são inevitáveis. Não vou entrar no mérito de qual banda é a melhor, onde Stanne canta mais e afins. Essa é uma questão pessoal onde preferências por esse ou aquele grupo quase sempre acabam tomando um tom passional, dessa forma, passando por cima de boas obras.

“March Of The Unheard” (2025) é um disco que mesmo sem ousar, consegue agradar (ou justamente acabou agradando por não ousar). As músicas não trazem muitas variações entre si, e sinceramente, tudo bem, pois o grupo sabe fazer o feijão com arroz bem-feito. Contando com bons e experientes músicos com passagens por diversas bandas, os pontos altos, musicalmente falando, estão nos vocais de Stanne, incluindo algumas passagens com vocais limpos e, inegavelmente, na dupla Engelin/Strömblad que fazem suas guitarras “conversarem” no melhor estilo Iron Maiden da coisa.



Foto: Lucas Englund

Sem correr risco, mas entregando o esperado

Todas as faixas são bem construídas, apesar de repetirem a mesma estrutura, mas sem tornar o disco repetitivo. Acredito que foi daí, para tornar o disco mais diverso, que tenha surgido a ideia de colocar as duas faixas instrumentais, com convidados e instrumentos acústicos, mas achei “Coda” meio perdida como última faixa, talvez devesse abrir o disco ou mesmo nem estar nele.

O grupo preferiu também não se arriscar na produção e arte. Assim como em “Days Of The Lost” (2022), Oscar Nilsson é quem assina a produção e o ilustrador Adrian Baxter, a capa e arte. Adrian, que vem fazendo as capas também dos singles do grupo, ilustra o encarte com sua arte que mistura simetria com caveiras, criando imagens misteriosas que remetem a rituais e afins.

Quem acompanha o grupo mais de perto vai perceber que “Detonate”, “Cruel Perception” assim como “March Of The Unheard” já haviam sido lançadas como singles em 2024, provavelmente, uma forma de ir sondando a receptividade do público com o novo trabalho. Falando em faixas, destaques para “Detonate” com suas guitarras dobradas; “Our Channel To The Darkness”, que tem partes bem rápidas para quem acha o grupo melódico demais; “What We Become”, uma bonita música, mix muito bom de peso e melodia; a faixa-título “March Of The Unheard”; “Forever Astray” com vocais limpos no refrão; “The Burning Point”, minha favorita, um trabalho certamente matador das guitarras e a bonus track “The Defiant One”, mais voltada para o peso.

As cobranças virão!

A cada disco lançado, as cobranças sobre o The Halo Effect irão naturalmente aumentar. Além das comparações com outras bandas do estilo, haverá também comparações entre suas próprias obras. Caberá ao grupo provar que é mais do que um projeto de amigos e que veio para ser uma referência do Death Metal Melódico além dos limites de Gotemburgo.



Lançado no Brasil pela parceria Shinigami Records com a Nuclear Blast, “March Of The Unheard” (2025) tem quase uma hora de duração graças as três faixas bonus exclusivas da versão física.

Nota: 7

Integrantes:

  • Niclas Engelin (guitarra)
  • Jesper Strömblad (guitarra)
  • Mikael Stanne (vocal)
  • Peter Iwers (baixo)
  • Daniel Svensson (bateria)

Convidados:

  • Erika Almström (violino)
  • Johannes Bergion (violoncelo)
  • Julia Norman (vocal)
  • Göta Lejon Marching Band (banda marcial)
  • Örjan Örnkloo (sintetizadores e efeitos)

Faixas:

  • 01 Conspire To Deceive
  • 02 Detonate
  • 03 Our Channel To The Darkness
  • 04 Cruel Perception
  • 05 What We Become
  • 06 This Curse Of Silence (instrumental)
  • 07 March Of The Unheard
  • 08 Forever Astray
  • 09 Between Directions
  • 10 A Death That Becomes Us
  • 11 The Burning Point
  • 12 Coda (instrumental)
  • 13 Path Of Fierce Resistance (bonus track)
  • 14 The Defiant One (bonus track)
  • 15 Become Surrender (bonus track)
PUBLICIDADE

[ Anuncie Aqui ]

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Veja também

PUBLICIDADE

[ Anuncie Aqui ]

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADE

[ Anuncie Aqui ]

Redes Sociais

45,450FãsCurtir
1,683SeguidoresSeguir
1,591SeguidoresSeguir
332SeguidoresSeguir
3,485InscritosInscrever

Últimas Publicações

PUBLICIDADE

[ Anuncie Aqui ]