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Resenha: Sacred – “Fire To Ice” (2025)

E 2025 já começou quente com diversos lançamentos interessantes. Um deles é, certamente, o disco de estreia da banda de Heavy/Power Metal, Sacred.

O grupo nasceu em 2010 na cidade de Gotemburgo, mas se chamava Amnesia. Até 2019 tinham lançado apenas um EP, mas com a mudança de nome para Sacred veio também a determinação e a organização. Dessa forma, neste ano pudemos conhecer o primeiro trabalho completo deste promissor nome da cena sueca.

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“Fire To Ice” foi lançado no dia 10 de janeiro através do selo Stormspell Records. O disco possui 9 faixas dividas em 50 minutos cravados de duração e, embora seja indicado para os amantes daquele Heavy Metal muito bem tocado, cativante e assertivo, também carrega elementos de Power Metal.

Se é da Suécia, é bom (e fim de papo)

Para aqueles que acompanham a cena escandinava, vão notar a presença de alguns músicos relativamente conhecidos. O baixista Robin Utbult faz parte do Vicious Rumors e tocou também com o Air Raid, o baterista Pontus Andrén toca no Lancer e o guitarrista Jonatan Hallberg também é integrante do Crystal Eyes. Como podem notar, o Sacred possui um lineup de respeito e, inegavelmente, o conteúdo musical de “Fire To Ice” evidencia esta força técnica e criativa.

Um dos grandes destaques da audição fica por conta do vocalista Gustav Blide. Em diversos momentos, os timbres e a forma de cantar lembram Todd Michael Hall (Riot V). Se pensarmos na habilidade do músico em transitar por canções rápidas que exigem um teor energético maior, e outras mais suaves onde é necessário maior interpretação, veremos que essa semelhança com Todd é ainda maior.

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Debut de respeito

O tracklist é equilibrado e sem momentos que destoam. Desse modo nenhuma música é um desperdício do seu tempo e em cada uma delas você encontrará motivos para retornar mais tarde e realizar novas audições. Se você é fã de faixas mais velozes e diretas provavelmente vai se apaixonar por pérolas do porte de “Gateway To The Gods”, “Night Of Madness” (a minha favorita), assim como a canção título “Fire To Ice”.

Caso sua praia seja melodias grudentas e belas harmonias, não deixe de ouvir a sensacional “On The Verge Of Becoming A Shadow”. Com uma introdução lenta muito bonita, a música vai se desenvolvendo de forma magistral e, ao chegar no clímax, mostra-se uma canção realmente estonteante. Outro destaque fica por conta do single “Caught In A Snowstorm”, detentor de um refrão contagiante e com a presença precisa do baixo pulsante de Robin Utbult direcionando o restante do time.

Ainda podemos mencionar a abertura com “Into The Light” e, principalmente, o encerramento do disco com “The Flying Dutchman”, ambas com linhas de guitarra e solos imponentes, além da sempre agradável performance vocal de Gustav Blide. O final de “The Flying Dutchman” ainda contém um coro épico daqueles capazes de arrancar lágrimas até dos mais bravos guerreiros.

Após severas audições, podemos chegar ao veredicto que a Suécia continuará por tempo indeterminado nos presenteando com álbuns imponentes neste segmento do Heavy e Power Metal. “Fire To Ice” é um excelente cartão de visita para o Sacred, assim como deve agradar até mesmo os mais exigentes dos fãs do gênero.

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Este debut é diversão garantida. Nele, encontramos boa produção, integrantes talentosos, músicas criativas, momentos marcantes, bons refrãos, cozinha concisa, solos refinados e Heavy Metal tocado com muita garra e tesão. Simplesmente imperdível!

Nota: 8,6

Integrantes:

Faixas:

  1. Into The Light
  2. Gateway To The Gods
  3. Wasting Away
  4. On The Verge Of Becoming A Shadow
  5. Caught In A Snowstorm
  6. Tyranical Warfare
  7. Nights Of Madness
  8. Fire To Ice
  9. The Flying Dutchman

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