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Morbid Angel: “Fiz o melhor que pude com o que tinha para trabalhar”, se defende David Vincent sobre “Illud Divinum Insanus”

Reprodução/Facebook

Praticamente todas as bandas que possuem discografias relativamente grandes, em algum momento lançam aquele(s) disco(s) que gera(m) total descontentamento em sua base de fãs mais fiel.

Com o Morbid Angel não foi diferente e “Illud Divinum Insanus” acabou se tornando o ponto de desiquilíbrio da carreira da banda. O grupo ficou de 2003 até 2011 sem lançar material novo e reapareceu de repente com um registro absolutamente deslocado.

Essencialmente voltado ao Metal Industrial e apenas com lampejos do Death Metal matador dos primórdios, podemos afirmar que o álbum, além de não agradar os fãs antigos, também não serviu para conquistar novos. Foi um completo desastre e um dos fatores preponderantes para o rompimento do vocalista/baixista David Vincent e o guitarrista Trey Azagthoth.

Em uma nova entrevista ao Altars Of Metal, David Vincent assumiu que o disco é confuso. Mas ele tentou se eximir de culpa dizendo que só trabalhou na parte dos vocais. Ele disse:

“Bem, em termos de gravação, provavelmente, ‘Illud’ foi a coisa mais difícil que eu já fiz. Sim, foi uma época muito estranha. Foi quando Pete Sandoval se machucou e não conseguiu tocar bateria. Tínhamos acabado de contratar um novo guitarrista e um novo baterista. E o processo de composição foi muito, muito estranho, não era o que eu estava acostumado a fazer. Fiz o melhor que pude com o que tinha para trabalhar. E acho que há algumas performances muito, muito boas no disco. Parte do material era muito estranho. Mas, novamente, meu trabalho foi vocal, e fiz o melhor que pude com o que tinha para trabalhar.”

Em 2018, numa entrevista ao Guitar World, Trey Azagthoth colocou a culpa em David Vincent. Na época, ele disse:

“Isso só mostra como David e eu estamos em mundos diferentes hoje em dia. Ele é, com certeza, um artista ótimo à sua maneira, mas suas músicas estavam se tornando muito diferentes do que eu gostava. Foi um esforço confuso e é por isso que mudei a formação.”

Independente de quem foi a culpa, a grande verdade é que este é um trabalho praticamente perdido na discografia do Morbid Angel.

Embora hoje em dia, ambos os protagonistas desta grande presepada musical tentem empurrar a responsabilidade um para o outro, o trabalho foi lançado com o aval de ambos.

Nos lembramos daquele velho ditado, “filho feio não tem pai”

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