O guitarrista Kirk Hammett, do Metallica, está lançando seu livro The Collection: Kirk Hammett. O livro está chegando às lojas através da Gibson Publishing e possui três versões: custom, deluxe e standard. Você pode comprar o livro na The Metallica Store e no site da Gibson.
O guitarrista incontestavelmente tem contribuído com o mundo da música através de seu trabalho duradouro com o Metallica. Desde o disco de estreia, o cru “Kill ‘Em All” (1983), passando pelo aclamado “Master Of Puppets” (1986), assim como pelo bem sucedido “Black Album” (1991) e, é claro, chegando aos trabalhos mais recentes do quarteto, não há como negar os muitos momentos de destaque e o estilo próprio inconfundível que acompanha o guitarrista no decorrer dos anos.
Hammett chegou a receber algumas críticas no lançamento do último disco do Metallica, “72 Seasons”, por conta de suas declarações sobre improvisações e solos mais simplistas. Contudo, ele segue sendo um amante apaixonado da arte e possui posicionamentos no mínimo corajosos.
Kirk concedeu uma entrevista para a Forbes onde fala sobre sua coleção de guitarras. Além disso, ele aborda a questão do legado musical, além de contar o que pensa sobre o poder da inspiração.
Veja um trecho onde o guitarrista explica sua ligação íntima com o instrumento:
“Eu sou assim desde o começo. Desde que vi uma guitarra pela primeira vez, ela parecia um foguete ou algo assim para mim. Parecia algo que tinha impulso e velocidade, e era algum tipo de veículo. E, eu não sei o que é, mas eu sempre amei minha guitarra e meu amplificador. E eu amo música, e eu amo tocar, e eu amo aprender coisas. Eu amo tocar com pessoas, eu amo descobertas. Eu sou muito inspirado. Eu sou inspirado quase todos os dias e todo o meu mundo está envolto em música. E desde que eu consigo me lembrar, você sabe, eu tenho música na minha cabeça. Eu tenho uma jukebox na minha cabeça.
Eu consigo lembrar de músicas e ouvi-las completamente na minha cabeça, o que eu acho que muitos músicos conseguem fazer. A música está constantemente tocando na minha cabeça. E, você sabe, quando eu quero, eu posso simplesmente parar e apenas ouvir a música na minha cabeça, pois parece que é uma eternidade. E então, quando uma guitarra entrou na minha órbita imediata, fez sentido. Fez todo o sentido porque desde que me lembro, havia música na minha casa, seja música clássica, bossa nova, jazz, você sabe, ópera, e eu não consigo ficar sentado até hoje.
Mas, eu sempre tive música ao meu redor e na minha cabeça. E mesmo hoje, eu acordei e tinha, tipo, três riffs na minha cabeça. Eu tive que pegar minha guitarra e simplesmente martelar eles. Como se fosse quem eu sou. E eu tenho tantas guitarras, que eu tenho que dizer a mim mesmo, não olhe para guitarras, não compre mais guitarras.
Mas para mim, eu fiz muita investigação e pesquisa. A música é antiga. Não há um ponto onde alguém possa apontar o início da música. É muito antiga, e a guitarra é quase tão antiga quanto a própria música. Você sabe, as pessoas dizem que as primeiras guitarras eram armadilhas para coelhos. Eles colocavam uma cenoura em uma caixa com cordas sobre o buraco, e o coelho se espremia pelas cordas, mas não conseguia sair.
A guitarra e a cítara sempre existiram desde os deuses. E os deuses são retratados segurando liras e cítaras, e esses dois instrumentos foram o precedente para as guitarras. Esses pequenos instrumentos em que Pitágoras dividiu, ele pegou a tensão da corda e dividiu e criou a oitava, e então ele dividiu mais três vezes para criar a primeira, a segunda e a terceira, e então ele dividiu mais para criar arpejos e escalas.
Então, meu ponto é que eu sou apenas parte de um legado longo e assustador de pessoas que simplesmente amam música e sentem que toda a sua vida gira em torno da música do começo ao fim. E podemos nos aprofundar ainda mais metafisicamente e eu poderia dizer, sabe, parece que sempre fui um músico por todas essas incontáveis vidas pelas quais passei.
Parece que estou sempre retornando à guitarra e àquela sensação de familiaridade quando ouço música. É louco e insano e eu realmente não sei o que dizer sobre todos esses sentimentos além do que sinto, e esses são os pensamentos que surgem na minha cabeça.
Eu acredito no poder da inspiração e isso é porque o poder da inspiração me atingiu tão forte quando eu tinha 15 anos, seja Hendrix ou Michael Shanker ou Jeff Beck ou Richie Blackmore. Esse poder da inspiração me atingiu como um tijolo, e ainda me motiva até hoje. E eu espero que se eu tiver apenas 10 por cento desse tipo de habilidade inspiradora em outras pessoas, eu vou passar desta terra como um homem muito feliz. Porque eu contribuí muito no mundo da música, no mundo da arte e da expressão, mas cara, o verdadeiro trunfo na manga é inspirar outras pessoas a fazer a música do futuro.”
A entrevista completa está no site da Forbes, acesse clicando AQUI.