Alguns integrantes, por mais tempo que tenham deixado as bandas que os projetaram ao sucesso, sempre estarão ligados direta ou indiretamente a elas. Sendo assim, podemos afirmar que no caso do guitarrista Marty Friedman é exatamente isso que acontece.
Por mais que o músico tenha uma carreira bastante estabelecida no Japão e não dependa do Megadeth para continuar sendo relevante como artista, sua passagem pela banda foi tão marcante que dificilmente ele não é vinculado ao grupo de Dave Mustaine.
Friedman fez parte da formação clássica do Megadeth que gravou seus maiores sucessos. Álbuns como “Rust In Peace”, “Countdown To Extinction”, “Youthanasia” assim como “Cryptic Writings”, até hoje, são a base dos setlists do quarteto norte americano.
Participações especiais
Em 2023, Friedman fez duas aparições em shows do Megadeth. Uma delas foi em fevereiro, na lendária casa Nippon Budokan, no Japão, onde o Megadeth inclusive fez uma transmissão online com direito a payperview e tudo mais. Na ocasião, Friedman tocou 3 músicas com o grupo, “Countdown To Extinction”, “Tornado Of Souls” e “Symphony Of Destruction”.
No mesmo ano, no mês de agosto, Marty Friedman foi ao Wacken Open Air para tocar com o Megadeth novamente. Na ocasião, 4 músicas tiveram sua participação, “Trust”, “Tornado Of Souls”, “Symphony Of Destruction” assim como o hino “Holy Wars… The Punishment Due”.
Obviamente que isso levantou muitos questionamentos sobre uma possível volta do guitarrista para a banda. Ainda mais com a consequente saída do brasileiro Kiko Loureiro meses mais tarde. Mas nada disso se concretizou e Teemu Mäntysaari acabou sendo o substituto do brasileiro, deixando as participações de Friedman apenas na memória dos fãs.
Em uma nova entrevista concedida ao Metal Obs’ da França, Marty foi questionado sobre como foi ter se juntado a sua ex-banda em duas ocasiões no ano de 2023. Ele respondeu o seguinte:
“Foi muito divertido, nada além de pura diversão. E foi maravilhoso ver o público reagir a isso, porque foi uma experiência maravilhosa para todos, especialmente, para nós no palco, porque o público estava diferente. Fizemos isso porque sabíamos que o público receberia algo de que pudesse se lembrar, algo com que pudesse levar para casa e ter uma lembrança. E nós simplesmente gostamos. Eu gostei muito.”
Marty foi questionado sobre como foi reencontrar com Dave Mustaine após tantos anos. Ele disse:
“Foi ótimo. Nós nunca perdemos o contato. Mas nunca há muito o que conversar um com o outro, então não nos falamos todo mês ou algo assim. Mas sempre foi amigável, então quando surgiu a chance de tocarmos juntos, foi natural.”
O guitarrista ainda disse estar muito feliz com o atual momento do Megadeth:
“Sou o maior fã desses caras, e sempre que eles me pedem para tocar com eles, fico feliz em fazê-lo. E eu só desejo a eles tudo de melhor com a formação que eles têm agora e estou feliz em vê-los arrebentando.”
Sobre rumores de um possível retorno dele, o músico despistou:
“Não acho que isso seja realista. Não sei nada sobre isso. Não acho que Dave pensaria que eu seria um candidato para entrar na banda. Acho que eles estão indo muito bem do jeito que estão.”