Iron Maiden: Steve Harris defende “The X Factor” e “Virtual XI” e explica o que eles têm de bom

O líder do Iron Maiden, Steve Harris, falou sobre a era do vocalista Blaze Bayley, que substituiu Bruce Dickinson e gravou os álbuns “The X Factor” (1995) e “Virtual XI” (1998). Discos esses que por muito tempo foram pouco apreciados e pode-se dizer até execrados por muitos fãs da banda. É claro que nem todos os fãs odiaram esses álbuns, há muitos que os apreciam e que reconhecem a sua qualidade e o seu valor. Steve Harris, o chefe do Maiden, acredita que eles não tiveram o devido reconhecimento na época. Steve refletiu sobre o assunto em uma nova entrevista à Metal Hammer abordando os pontos fortes dos dois álbuns, e como as pessoas estão redescobrindo e reavaliando os dois registros outrora vistos como “patinhos feios” na discografia:

“Eu disse isso na época e ainda acredito: esses dois são álbuns realmente fortes e poderosos, e as pessoas vão apreciá-los mais tarde. E as pessoas estão voltando, descobrindo-os e percebendo que são bons.

‘The X Factor’, em particular, é muito bom, mas é um álbum sombrio. Provavelmente porque eu estava em um momento meio sombrio com a saída do Bruce e eu passando por um divórcio na época, com tudo isso acontecendo. Mas o resultado disso foi um álbum poderoso.

Você pega coisas negativas e as transforma em positivas, e essas emoções surgem, e é isso que você pode fazer com a música. A música é uma coisa tão poderosa.”

Ambos os álbuns tiveram um desempenho fraco tanto na crítica quanto no aspecto comercial. Questionado se, por causa disso, ele considerou “dar um fim no Maiden”. Ele respondeu:

“Só por algumas horas. É como quando o West Ham perde – eu fico emburrado por duas horas, mas você tem que se recompor, sacudir a poeira e seguir em frente. É a única maneira de isso funcionar.”

Quanto ao álbum “The Number of the Beast”, de 1982, visto por muitos como a obra-prima do Maiden, Steve Harris disse:

“Acho que nunca fizemos o álbum perfeito. ‘Number Of The Beast’, as pessoas acham que é o álbum perfeito, mas tem duas músicas lá que não são tão boas quanto as outras [referindo-se a Invaders e Gangland]. Nem tudo vai ser bom, né?”