“Forgotten Lands” é o quarto full lenght da banda alemã de Heavy Metal, Booze Control.
Formada em Braunschwieg/Alemanha e pertencente ao NWOTHM (New Wave Of Traditional Heavy Metal), Booze Control lançou no início de 2019, o seu quarto álbum, “Forgotten Lands”.
A audição começa da melhor forma possível. A paixão invade a alma assim que o riff introdutório da faixa título, “Forgotten Lands”, é executado. Heavy Metal cem por cento clássico, assim como extremamente empolgante. Não haveria como não me conquistar e assim sendo, a banda ganhou um potencial fã de carteirinha. “Attack Of The Axemen”, minha favorita do disco, é daquelas músicas que causam sensações e altas vibrações positivas as quais provavelmente me acompanharão pelo resto do meu tempo. O refrão não saiu mais da minha cabeça desde que o ouvi pela primeira vez. “The Nameless” mantém acessa a chama interior que nasceu com as duas primeiras canções, causando uma supernova em minhas vísceras. Um arsenal de riffs sabbáticos compõe o cartão de visitas de “Of The Deep”, faixa que se destaca principalmente pelos arranjos das duas guitarras. A rifferama continua comendo solta em “Spellbound”, intercalada por solos violentamente melódicos.
“Slaying Mantis”
“Slaying Mantis” remete ao NWOBHM (New Wave Of Britsh Heavy Metal). Riffs simples, diretos e vocais com gritos agudos característicos dos anos oitenta. “Playing With Fire” segue a “nova onda” oitentista, adicionando duetos de guitarras que eram comuns em muitas bandas da época, principalmente Iron Maiden e Judas Priest.
O “oitentismo” permanece firme e forte em “Thanatos”. Essa canção tem variações rítmicas e dinâmicas muito interessantes, o refrão dá um clima todo especial que a distingue das demais faixas. “Thanatos” está entre os destaques do álbum, juntamente com “The Forgotten Lands” e “Attack Of The Axemen”. Em seguida, “Doom Of Sargoth” tem riffs a La Judas Priest e um solo maravilhoso que faz o espírito romper as barreiras da matéria. O álbum se encerra com uma faixa de mais de oito minutos, “Cydonian Sands”. Essa canção mescla elementos progressivos à fórmula predominante no álbum. A voz de David Kuri tem certa semelhança com a de Geddy Lee, baixista e vocalista do Rush. Além de ser a canção mais complexa, “Cydonian Sands” também é a dona dos melhores solos do “The Forgotten Lands”. Não haveria melhor maneira para encerrar esse ótimo trabalho, assim sendo, Booze Control acertou na mosca.
Encerramento das atividades
Infelizmente, Booze Control anunciou o encerramento de suas atividades há dois anos, logo após o lançamento do “Forgotten Lands”. Espero que logo eles se arrependam e anunciem sua volta, nos blindando com outros excelente full lenght.
Desde que surgiu na Inglaterra, o Heavy Metal mudou os rumos da história da música. Embora de origem britânica, muitas grandes escolas do gênero surgiram. Entre elas, a alemã. Booze Control, inegavelmente, fez jus a tradição e importância da Alemanha dentro do Metal mundial. Tranquilamente, o álbum pode ser ouvido de cabo a rabo sem pular faixa alguma. Audição recomendável para todos os amantes do Heavy tradicional e aquisição obrigatória para o meu acervo pessoal.
Nota 9,0
Integrantes:
- Steffen Kurth (baixo)
- Lauritz “Lore” Jilge (bateria)
- Jendrik Seiler (guitarra)
- David Kuri (vocal e guitarra)
Faixas:
- 1.Forgotten Lands
- 2.Attack of the Axemen
- 3.The Nameless
- 4.Of the Deep
- 5.Spellbound
- 6.Slaying Mantis
- 7.Playing with Fire
- 8.Thanatos
- 9.Doom of Sargoth
- 10.Cydonian Sands
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz