Faces Of Death

Fabio Reis

3 meses atrás

História

Origens inquietantes

O Faces Of Death nasceu no início dos anos 1990 na pacata cidade de Pindamonhangaba, interior de São Paulo. A banda surgiu da inquietação de três adolescentes inconformados com as imposições religiosas forçadas goela abaixo. Movidos por essa revolta e inspirados pela crueza do Thrash Metal, o trio canalizou sua fúria e indignação em músicas diretas, agressivas e letras contestadoras.

Entre 1994 e 1996, o grupo lançou duas demo-tapes. A segunda, “Retrocession”, alcançou reconhecimento ao ser resenhada na edição nº 114 da Revista Rock Brigade, na época a principal publicação brasileira voltada ao Metal. No entanto, com a mudança de um dos membros para outra cidade e as dificuldades em manter os ensaios, a banda encerrou suas atividades. Um sentimento de frustração certamente foi deixado e uma ferida aberta ficou entre seus integrantes, que ainda ansiavam por usar a música como ferramenta contra as mediocridades do sistema e a desumanização social.

Retomada

Foram longas duas décadas até que, em 2016, Laurence Miranda (vocal e guitarra) decidiu resgatar o espírito do Faces Of Death ao lado de seu irmão, Sylvio Miranda (baixo). Com a adesão do baterista Sidney Ramos, o grupo retornou às atividades mantendo a essência furiosa dos anos 90. Esse renascimento foi marcado pelo lançamento do EP “Consummatum Est” em 2017, trabalho bem recebido na cena underground e inclusive elogiado por veículos como o site Heavy N’ Roll.

Com a entrada do guitarrista Felipe Rodrigues em 2018, o quarteto se consolidou e lançou seu primeiro álbum completo, “From Hell”, figurando entre os grandes destaques do ano segundo a Revista Roadie Crew (edições #238 e #240).

Em plena pandemia de COVID-19, em 2020, a banda voltou com ainda mais agressividade no segundo álbum, “Usurper Of Souls”, um petardo que mescla Thrash e Death Metal, novamente reconhecido entre os melhores lançamentos do ano (edição #258 da Roadie Crew).

Mesmo em meio às restrições da pandemia, o Faces Of Death seguiu em movimento e, em 2021, lançou o vídeo ao vivo “A Drink With The Death – Rehearsal Live”, distribuído em plataformas digitais e também em CD. Foi nesse período que o experiente guitarrista Luiz Amadeus se juntou à banda, trazendo ainda mais peso e brutalidade ao som.

O amplamente elogiado “Evil”

Em 2022, com a entrada do baterista Niko Teixeira, o grupo passou a contar com uma formação sólida e ainda mais técnica, preparando-se para novos voos. Um deles foi a aguardada turnê europeia “Hellropean Tour”, promovida pela Onfire Agency, com datas em países como Bélgica, Holanda, Polônia e, por certo, na República Tcheca. Dessa forma, nesse embalo o quarteto lançou o single e videoclipe de “When Calls The Death”, gravado e produzido no Audiolab Extreme Studio (Taubaté/SP) por Niko Teixeira, que também assinou a mixagem e masterização.

No ano seguinte, 2023, a banda lançou os singles “Evil” e “Stronger Than You”, este último uma homenagem ao Sepultura, ambos faixas do álbum “Evil”, trabalho que inegavelmente resgatou com fidelidade a essência do Thrash Metal oitentista e noventista. O álbum foi amplamente elogiado pela imprensa especializada assim como novamente destacado pela equipe da Roadie Crew.

Em 2024, após o lançamento de “Evil”, o Faces Of Death passou por mudanças significativas em sua formação. Desse modo, os músicos Maurício Filho (guitarra) e Igor Nogueira (bateria, Justabeli) ingressaram na banda, dando início a uma nova fase ainda mais agressiva e coesa. Essa força renovada foi registrada no EP ao vivo “Thrash disConcert”, que inclusive celebra o primeiro aniversário de “Evil” e a maturidade dessa nova formação. O trabalho está disponível em todas as plataformas digitais.

O futuro reserva boas surpresas!

Atualmente, o Faces Of Death trabalha na composição de seu próximo álbum de estúdio e prepara o lançamento do single “Terror em Barbacena”, inspirado na história sombria do Hospital Psiquiátrico de Barbacena – conhecido como o “Holocausto Brasileiro”.

Este lançamento promete marcar a estreia definitiva da atual formação em estúdio, reforçando o mergulho da banda nas raízes do Thrash/Death Metal dos anos 80 e 90, caminho igualmente trilhado com maestria em “Evil”.