“Bonded By Blood”, do Exodus é o álbum de referência quando se fala das lendas do Thrash Metal da Bay Area, e um dos álbuns definitivos do gênero, e qualquer pessoa com o mínimo de sanidade concorda com isso…rsrs.
O guitarrista do Exodus, Gary Holt, comentou durante uma nova entrevista ao Metal.de da Alemanha, sobre o seu álbum predileto da banda, que não poderia ser outro senão “Bonded By Blood”, o icônico disco que completou 40 anos em 2025. Indagado se isso significa que o Exodus nunca conseguiu lançar nada que se equiparasse ou superasse o álbum clássico de 1985. Veja o que disse Gary Holt:
“Não. Nunca superou. É uma blasfêmia dizer isso. ‘Bonded By Blood’ é o álbum que começou tudo. Então, é minha juventude, é meu anuário do ensino médio. É a razão pela qual ainda estou aqui. Então, sempre será o número um. E Paul Baloff, apesar de cantar apenas em um álbum, é sempre a voz do EXODUS . Isso não é um insulto a Zetro ou Rob. É apenas Paul que começou.”
Sobre os planos de aposentadoria do Exodus, ou se ainda está muito cedo para pensarem no assunto, Gary Holt respondeu:
“Não, não estou cheio de energia. Estou cansado pra caramba. Mas vamos fazer isso o mais forte que pudermos, o mais pesado que pudermos, até não podermos mais. E é por isso que gravamos tantas músicas [para o próximo álbum do EXODUS]. Pensamos em fazer isso agora, enquanto ainda podemos. Quem sabe? Já tive problemas no cotovelo, nas mãos, no ombro. Talvez em cinco anos a idade me atrapalhe, a artrite piore e eu não consiga mais. Não sei.”
Holt também brincou sobre o que faria depois de aposentar:
“Não tenho ideia. Não sei. Virar criminoso, talvez. Não sei. Não encontrei uma maneira de ganhar dinheiro sendo charmoso, então não sei o que vou fazer.”
Gary Holt pensou em uma forma de conseguir uma renda extra que vem de sua loja online Holt Awaits, e que ajuda a manter o pagamento das contas:
“É, ajuda. As pessoas pensam: ‘Ah, você é um astro do rock rico’. Não. Eu vendo camisetas, e as vendo do meu armário. Tudo bem. Empacoto esta, etiqueto, envio. Mas não, isso só ajuda. Não paga as contas. Ajuda a manter o pagamento das contas. Ajudou muito na pandemia. Mas não sei. Se eu me aposentasse, provavelmente produziria mais. Continuaria na música. Mas às vezes fico sonhando acordado em não sair de casa. Porque eu odeio sair — odeio pegar o avião para ir embora — mas assim que chego, me divirto.”
Por fim, Holt comentou sobre uma declaração do baixista Jack Gibson, que afirmou que em uma entrevista no ano passado, que ele e seus companheiros do Exodus, são “vendedores ambulantes de camisetas”:
“Vender camisetas é onde ganhamos nosso dinheiro. Temos sorte… Se você está em uma banda onde o dinheiro que você recebe para tocar cobre suas despesas e o dinheiro das camisetas é seu, você está indo muito bem. Porque tudo, especialmente desde a pandemia — ônibus de turnê custam muito mais caro. Tudo custa mais. Passagens aéreas custam mais caro. É muito difícil. Nós nos saímos bem, nos saímos muito bem. Mas aí, quando você volta para casa e não trabalha por dois meses, esse dinheiro que você ganhou tem que cobrir, se estender por tudo. Então não é o que as pessoas pensam.”
