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Dream Theater: “simplesmente não sou esse tipo de baterista. Eu gosto de sair do meu assento e sentir o momento, fazer coisas diferentes”, diz Portnoy sobre Mangini

Reprodução/X

O Dream Theater lançou no último dia 7 de fevereiro seu mais recente álbum de inéditas intitulado “Parasomnia”. O disco marcou a primeira aparição do baterista e membro fundador Mike Portnoy após 13 anos e vem recebendo críticas extremamente positivas tanto da crítica como dos fãs.

Antes da apresentação do novo material, o grupo estava focado na turnê comemorativa do seu 40º aniversário. Nesta sequência de shows, a banda tocou a música “Barstool Warrior”, originalmente escrita e gravada com o baterista Mike Mangini. Em uma nova entrevista ao The Metal Voice, Portnoy foi questionado sobre como ele se sente ao tocar esta composição.

Portnoy disse o seguinte:

“Bem, era importante para mim que isso fosse incluído, acredite ou não. Eu sou quem escreve o setlist e esses caras me deram total liberdade quando se tratava do material da era Mangini. Eu sabia que tinha que ser representado. Você não pode simplesmente ignorar cinco álbuns da carreira desses caras porque eu estou de volta, teria sido muito egoísta e desrespeitoso. Então, sim, para mim, nem foi considerado não tocar esse material. E como eu disse, eles me deram a liberdade de escolher músicas com as quais eu pudesse me identificar e me sentir confortável. E, sim, eu acho que se você não soubesse de nada diferente quando viesse ver o show ao vivo, ela se encaixaria bem no meio do set muito confortavelmente com todo o resto que faz parte do meu catálogo. Mas estou acostumado a tocar material de outros bateristas… Não acho que o vocalista do Maiden, Bruce Dickinson, cante sempre músicas do Blaze, ou muito raramente. E eu sei que Rob Halford não toca músicas do Ripper. E eu sei que David Lee Roth não tocará músicas do Sammy Hagar. Então, sim, nem todas as bandas são tão abertas a isso.”

Sobre as principais diferenças entre o seu estilo de tocar e o de Mangini, Portnoy ponderou:

“Ele é muito metódico. Ele é muito consciente do que todos os quatro membros estão fazendo e da maneira como ele utiliza sua independência. Eu não sou esse tipo de baterista. Eu nunca fui um cara que senta lá e estuda técnica e a maneira correta de segurar uma baqueta, e todo esse tipo de coisa. Eu sigo o feeling, e para mim, eu tento fazer música difícil soar fácil. Eu acho que ele tem a tendência de fazer algo que poderia ser fácil soar difícil. E eu não estou tentando insultá-lo, eu estou apenas observando a diferença de estilos. E ele é o tipo que eu acho que tocaria a mesma parte exatamente da mesma forma que está no álbum e faria isso consistentemente todas as noites. Eu simplesmente não sou esse tipo de baterista. Eu gosto de sair do meu assento e sentir o momento, fazer coisas diferentes, apenas dependendo de como as coisas estão fluindo.”

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