A cantora alemã de Heavy Metal, Doro Pesch, (ex-Warlock) participou recentemente de um bate-papo com Gastão Moreira do Kazagastão, e falou sobre o sentimento estar ao vivo diante de milhares de fãs e a conexão com eles:
“O melhor é quando eu os ouço cantar ‘All We Are’ ou ‘Burning The Witches’ e quando sinto que há uma conexão profunda e quando consigo ver nos olhos das pessoas que algo está acontecendo. Quando sinto que posso tocar o coração metaleiro deles, ah, isso é o melhor. E aqui no Brasil, é tão intenso, o sentimento é tão… quer dizer, é o melhor.”
Doro encara cada show “como se fosse o último”, e ela já se apresentou ao vivo mais de 3.500 vezes ao longo de sua carreira que começou profissionalmente em 1983, aos 19 anos, junto ao Warlock. Ela contou como consegue manter a energia e alegria ao vivo mesmo depois de tantos shows:
“Ah, isso é fácil — por causa dos fãs, por causa das pessoas. Quando vejo os fãs, quando vejo as pessoas em pequenos shows ou grandes festivais, não importa, mas quando consigo sentir e ver a boa energia, quando sei que estão felizes, ficam felizes em me ver e imediatamente me sinto acolhida. E então consigo cantar melhor, posso pular mais alto, posso cantar mais alto. É um êxtase total. E sempre me sinto motivada e inspirada — em cada show. E encaro cada show como se fosse o último. E é sempre uma aventura, cada show. Nunca me canso de uma música ou de um show. Sempre foi algo novo e original. Até mesmo ‘All We Are’, tocamos desde 1987, em todos os shows, em todos os shows, e ainda é uma das minhas favoritas porque vejo a reação. E, sim, Ainda é como se fosse uma música totalmente nova. Então é fácil se motivar quando você está se divertindo e quando vê as pessoas.”
Mas o que será que a mantém motivada a seguir gravando novos álbuns aos 60 anos? Ela respondeu:
“Sim, acho que agora são 20 ou 21 discos [de estúdio] [que tenho no meu catálogo], além de todos os discos ao vivo, DVDs e Blu-rays. Estamos trabalhando agora mesmo no nosso novo DVD do aniversário de 40 anos. Foi um grande show no Wacken e uma vez na minha cidade natal, de onde eu venho, Düsseldorf, Alemanha. E [tivemos] muitos convidados. Foi incrível. Então, ainda estamos trabalhando nisso. E, sim, quando consigo compor uma música nova, sempre penso: ‘Ah, talvez os fãs gostem’. Fico tão animada. E você nunca consegue compor a mesma música, mas eu adoro hinos. Quando vejo as pessoas cantando junto, isso me faz sentir, ah, tão bem. E as coisas de bater cabeça, isso é sempre bom. E baladas também — eu adoro baladas porque as pessoas ficam com lágrimas nos olhos. Elas se emocionam muito. Então, cada música é sagrada para mim.”
