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Clássico: Savatage – “Sirens” (1983)

Em 11 de abril de 1983, o Savatage, banda americana de Heavy Metal, lançava “Sirens”, álbum oficial de estreia.

O disco é o primeiro registro de uma carreira brilhante interrompida em 2002 após 11 registros oficiais, além de inúmeros EPs, singles, compilações e live álbuns.


Trazendo em sua formação Jon Oliva (vocal, piano), Criss Oliva (guitarra), Keith Collins (baixo, backing vocals) e Steve Walchoz (bateria), o álbum conta com nove faixas inéditas divididas em aproximadamente 37 minutos de duração e influências de grupos (na época) como Iron Maiden, Judas Priest, Saxon, Raven, Manilla Road, Riot, Accept, Scorpions, etc.

SAVATAGE / Line-up 1983 / Divulgação Par Records / Acervo

Lançado pela pequena Par Records, produzido por Dan Johnson (Judas Priest, Crimson Glory, Agent Steel, Death, etc.) e gravado em Tampa/Flórida, no Morrisound Studios, o disco traz em sua sonoridade o Heavy Metal simples, direto e referências de grupos do chamado Metal oitentista, bebendo principalmente na fonte da NWOBHM (New Wave Of British Heavy Metal), movimento que teve início no finalzinho dos anos 70, e invadiu os anos 80 onde se manteve até a metade da década.

Sem mais, é hora de mergulhar nas melodias pesadas de “Sirens”, o primeiro registro de uma das bandas mais geniais de todos os tempos.

Vem comigo!

O disco abre com “Sirens”, faixa que o batiza e traz, em pouco mais de três minutos de duração, todos os elementos que compõem o Heavy Metal.

De cara, é possível notar os trabalhos excepcionais de guitarras, executados de forma brilhante pelo jovem Criss Oliva, destilando belos riffs que casam perfeitamente com baixo, bateria e os vocais agressivos de Jon Oliva.

O resultado não poderia ser outro senão, uma excelente faixa de abertura.

CRISS OLIVA (R.I.P)

O disco prossegue com “Holocaust”, mais um excelente momento em que Jon usa e abusa dos vocais agudos, atingidos tons altos e ao mesmo tempo agressivos. Trazendo uma certa similaridade musical com os alemães do Scorpions, “I Believe” é aquela música que funde com perfeição o Heavy Metal com o Hard Rock, agradando os fãs de ambos os estilos. Destaques para as linhas ultra pesadas de contrabaixo executadas com perfeição por Keith Collins.

Uma mistura de Heavy, Speed e Power Metal, assim é “Rage”, faixa onde a banda decide pisar no acelerador, adicionando uma dose extra de velocidade, fundindo com perfeição os três estilos supracitados, lembrando em alguns momentos o power trio inglês Raven.

Os riffs iniciais de “On The Run” deixam transparecer que teremos mais uma faixa voltada ao Hard Rock e de fato temos. Apesar de flertar claramente com o referido estilo, é possível notar que há uma dose de peso emanando do baixo e guitarras, fazendo com que o Heavy esteja presente, mesmo que de forma sucinta.

“Twisted Little Sister” também mergulha nas melodias do estilo, soando rápida e pesada, destacando principalmente a parte instrumental. Em especial a dupla Collins & Oliva, respectivamente responsáveis pelo baixo e guitarra. Seguindo a cartilha do Heavy Metal, “Living For The Night” chega chutando a porta, destilando peso e velocidade, além de uma dose de agressividade nos vocais de Jon Oliva, lembrando em dado momento os britânicos do Judas Priest em canções como “Electric Eye” e “Riding On the Wind”.

*Destaque para o solo espetacular de Criss Oliva.

Abram alas para “Scream Murder”, uma das mais belas canções (senão a mais bela) de todo o disco.

Como ficar alheio as performances individuais e geniais de guitarras, baixo, bateria, além dos vocais agressivos e irados de Jon?

Ouso dizer que temos aqui o solo mais absurdo (musicalmente falando) do genial Criss Oliva.

Traçando um paralelo, é possível ouvir similaridades musicais entre “Scream Murder” e “Screams From The Grave” do quinteto americano Abattoir, flertando também com Iron Angel, fase “Winds Of War”.

O disco fecha com “Out In The Streets”, faixa que faz um intermezzo entre o Hard Rock, mais especificamente ao Power Ballad e o Heavy Metal, já que aqui os estilos se encontram proporcionando mais um excelente momento ao disco.

Vale lembrar que aqui, o grupo incorporou violões à sua música, criando assim uma identidade que se manteve presente frequentemente em sua sonoridade.

Aos longos dos anos, o Savatage moldou e elevou sua música a patamares onde poucos grupos ousaram e/ou tentaram.

Sem medo de arriscar, a banda passeou por sonoridades de foram do Heavy ao Hard, do Progressivo ao Clássico e do Clássico ao Neoclássico. Em suas mudanças graduais, o grupo inovou, e conseguiu compor disco excepcionais que se tornaram grandes clássicos da música e por consequências influenciaram bandas e músicos em todo o mundo.

A genialidade de Jon Oliva trouxe ao Savatage o status de banda relevante e importante na história do Heavy Metal mundial.

Apesar dos discos seguintes moldarem e determinarem a sonoridade do grupo, “Sirens” aparece como um excelente trabalho de estreia, mostrando principalmente a veia Heavy Metal na qual banda e músicos estavam mergulhados.

Algumas observações acerca do disco:

AVATAR / Acervo

Integrantes:

Faixas:

Redigido por: Geovani “Trem da Alegria” Vieira

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