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Carcass: “Não é uma manobra deliberada e cínica. Nós apenas tocamos a música que gostamos”, explica Jeff Walker

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Algumas bandas conseguem ter longas carreiras focadas em apenas um tipo de sonoridade. Outras possuem a necessidade de estar sempre se provando, mudando sua fórmula e testando novos elementos. O Carcass é uma dessas.

Em uma nova entrevista concedida nos bastidores do Neuborn Open Air Festival, o vocalista e baixista Jeff Walker e o guitarrista James “Nip” Blackford responderam uma pergunta sobre como a banda enxerga a sua própria evolução musical. Jeff começou dizendo:

“Fizemos isso, e então crescemos um pouco, e então fizemos aquilo, e crescemos mais um pouco. E continuamos crescendo, e continuamos mudando. Não é uma manobra deliberada e cínica. Nós apenas tocamos a música que gostamos. Mas não é como uma manobra cínica. Você melhora como músico e tem influências diferentes e apenas tenta coisas diferentes. Estilisticamente, estamos em todos os lugares. Esse é o problema.”

Blackford disse:

“Eu diria que, como fã do Carcass, principalmente, sou fã durante quase toda a minha vida e agora posso tocar com a banda, então acho que isso é uma coisa ótima sobre a banda, que cada álbum foi diferente. E parece que de fora, era onde eles estavam naquele ano, naquela época, e então eles evoluíram um pouco e ficaram assim. Você meio que os vê amadurecendo e crescendo. E algumas bandas simplesmente fazem a mesma coisa repetidamente e isso é ótimo. Realmente funciona bem para algumas bandas. Na verdade, quem iria querer que o AC/DC fizesse algo diferente?”

Jeff então complementou:

“Essa também é a desvantagem do Carcass, porque alguém que ouviu o Carcass em 1988 pensaria: ‘isso é uma merda’. E eles não entenderiam como soamos agora. E talvez se nos ouvissem em 1990, não gostassem do que tocávamos naquela época. Mas seguimos em frente. E entendemos isso. Eu entendo isso. Fomos descartados tantas vezes. As pessoas falavam, ‘isso é o Carcass? Eles soam barulhentos. Eles soam uma merda’. Mas estamos bem com isso, eu acho.”

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