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Anvil: “É um trabalho de demolição”, diz Steve ‘Lips’ sobre os atentados de 11 de setembro

Steve “Lips” Kudlow, frontman do veterano Anvil, tem se tornado uma figura tanto excêntrica como carismática. Recentemente, o músico resolveu topar qualquer negócio nas entrevistas que tem dado para divulgação do mais novo trabalho da banda, “One And Only”.

O grande problema é que assim como quase todo músico, “Lips” não é um especialista em determinados temas. Sendo assim, ao mesmo tempo em que fala de forma lúcida e coerente sobre determinado assunto, escorrega feio ao abordar outros. E tudo isso, pelo menos pra nós, tem sido puro entretenimento. Ficamos aguardando qual vai ser a nova pérola soltada por “Lips” e, dessa forma, precisamos ponderar, ele não tem decepcionado.

Para quem gosta de dar uma boa conferida nas letras das músicas escritas por seus artistas favoritos, certamente, deve ter reparado que “One And Only” traz diversas faixas que apontam para um mesmo direcionamento: as famigeradas teorias da conspiração. Também é mencionado no trabalho que a verdade tem se transformado cada vez mais em algo subjetivo com a chegada das redes sociais, analogamente, precisamos ligar tudo isso com o crescente número de publicações que mais desinformam do que informam.

As falas de Steve “Lips” Kudlow

Esses temas foram abordados em uma nova entrevista concedida ao canal Alma Hard, do Brasil. Na conversa, Steve “Lips” foi questionado sobre sua inspiração para escrever letras como “Thruth Is Dying” assim como “World Of Fools” de seu novo disco. Lips respondeu:

“Frustração por ter que lidar com a estupidez de assistir TV… Assista ao noticiário. Basta sentar e observar o mundo e isso te frustra. Então, como você elimina essa frustração? Escrevendo uma música.”

Lips explica:

“Eu não entendo este mundo no sentido de que as coisas estão bem na sua frente e você nega que está vendo, ouvindo, sabendo quais são as verdades.”

Para defender sua posição, surpreendentemente, Steve usou os atentados de 11 de setembro de 2001 como argumento. Ele disse:

“Todo mundo viu três edifícios na cidade de Nova York serem demolidos, perfeitamente demolidos, por aviões que os atingiram. Mas, enquanto isso, esses edifícios foram construídos especificamente, veja, especificamente, para resistir à colisão de um avião. Mas então você faz a pergunta: como os 10 andares superiores podem eliminar perfeitamente todos os andares até os de baixo? Como isso funciona? não havia fogo lá embaixo. O fogo está todo no topo. Por que o piso e todo o suporte daquele prédio estão cedendo? Porque foi detonado por explosões internas em todo o prédio, e é por isso que caiu perfeitamente. Isso é um trabalho de demolição.”

World Trade Center, conhecido como as Torres Gêmeas.

Ele continua:

“O que isso significa? Bem, isso significa muitas coisas. E o mundo está dizendo: ‘Está tudo bem. Acreditamos na verdade. A verdade é que dois aviões o atingiram e ele simplesmente caiu’. Bem, nenhum avião atingiu o outro prédio do Edifício Sete. Por que aquele Edifício desabou? ‘Ah, houve um incêndio’. Ok. Pareceu um trabalho de demolição para mim. Completamente destruído por um incêndio? Em Quantos incêndios você vê edifícios completamente destruídos? Então, nada? Okay, certo. Você assiste a um avião aparentemente atingindo o Pentágono, você pode assistir no YouTube, e você pensa, como diabos um avião voa a um metro do chão sem pousar? Bem, essa é uma boa pergunta, porque não é um avião.”

Kudlow então passa a discutir o assassinato do presidente americano John Kennedy, dizendo:

“Ei, quem matou o presidente Kennedy? Com quantas balas ele foi atingido? Eles dizem uma. Você assiste ao vídeo e vê, claro como o dia, que ele foi atingido duas vezes. Que diabos? E ninguém faz nada a respeito. Ninguém diz nada. Nada muda. E então você tem que se perguntar, e isso é ainda mais importante do que qualquer outra coisa: saber a verdade faz alguma diferença? A verdade vai fazer alguma diferença? Não. Não vai. simplesmente Não vai. Isso não acontece. Toda a bandeira falsa, a loucura de que este mundo tem sido capaz, o tempo todo, todos os tipos de coisas que acontecem. E isso me dá muitas coisas sobre as quais escrever. Então, isso é parte do que eu faço. Estou vivo e é a minha opinião sobre o que vi e observei. Isso é o que eu faço quando escrevo música. E às vezes é uma maneira de realmente me limpar.”

Após seus argumentos, Steve é questionado sobre o porque ele acha que essas narrativas são ‘falsas’ e como são mantidas como verdades até hoje. O músico diz:

“Essa é uma boa pergunta. Não acho que você possa nem começar a respondê-la, porque é apenas especulação. Você só pode adivinhar. E mesmo um palpite, não significa nada. Mesmo que eles tenham saído e divulgado o fato de que foi um trabalho interno, bem, quem exatamente estava lá dentro e qual foi o motivo? Já sabemos qual foi o motivo. O que aconteceu como resultado do 11 de setembro? O mundo inteiro mudou. Esse foi o motivo. Para mudar o mundo. E aconteceu. Eventualmente, tudo sai na lavagem, mas não tudo. Não tudo. O que eles permitem ou com o que nos importamos. Porque acho que se nos importássemos mais, descobriríamos mais coisas, porque estaríamos exigindo isso.”

O problema desta narrativa fica quando “Lips” adentra diretamente em algumas teorias da conspiração e as toma como verdade. Ele acaba se transformando numa figura com pouca credibilidade e que está justamente fazendo o que sua música diz. Ajudando a verdade a morrer.

E aqui nem entraremos no mérito se o que ele diz faz sentido ou não, é simplesmente algo que está sendo falado e contraria os livros de história. A pergunta que fica é: como lidar com tais argumentos? Dar voz ou simplesmente tratar como loucura de um músico excêntrico? Fica a cada um de nós essa missão!

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